Não estamos sozinhos

Leitura: Hebreus 13:5 “De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei.”
“André e Marcio eram irmãos gêmeos. Quando sua mãe morreu, eles ficaram sob os “cuidados” do pai.  Acabaram fugindo de casa e se perderam um do outro. Nunca mais se viram. André transformou-se num importante e bem sucedido empresário, professor universitário, palestrante e, acima de tudo, pai devotado e esposo exemplar. Marcio, quase sempre desempregado, vivia nos bares da vida, bebendo e arranjando briga, sobrevivendo de favor alheio, pois, devido ao seu estado, sua última companheira também o deixou. Numa sexta-feira à noite, após terminar uma de suas palestras sobre a importância da força de vontade na busca perseverante das realizações pessoais, um aluno perguntou a André, no saguão do auditório: O senhor sempre teve esta extraordinária força de vontade? Nesta mesma sexta-feira, à mesma hora, num outro ponto qualquer do país, Marcio estava sentado num meio-fio, bêbado, chorando e tentando pensar no que havia se tornado a sua vida. Seu único amigo vem buscá-lo para levá-lo para casa e lhe pergunta: Diga-me, meu amigo, você nunca teve força de vontade? Nunca desejou ser um vencedor? As respostas dos dois começaram iguais: Meu pai foi um péssimo exemplo. Ele bebia, batia em mim, no meu irmão e em minha mãe. Não parava em emprego nenhum. Tínhamos uma vida miserável. Quando minha mãe morreu, fugimos de casa. Eu e meu irmão gêmeo nos perdemos e nunca mais nos vimos. Nossa família literalmente se acabou. Mas, terminaram completamente diferentes. Marcio, o derrotado, complemente melancólico: Todo este sofrimento acabou comigo. Acabou com a minha força de vontade. André, afirmou, o contrário e confiante: Todo este sofrimento me fortaleceu. Deu-me ainda mais força de vontade”.
O que essa história tem a nos ensinar a respeito da nossa vida? Você se identifica mais com André ou Marcio? Suas palavras, suas atitudes, suas ações com relação à vida demonstra que você é um lutador?
Podemos enfrentar algumas situações que nos “fogem o controle”. Ás vezes pensamos que estamos perdendo as “Rédeas” da situação. Isso não significa que o Senhor perder o controle ou que ele está confuso.
Precisamos aprender a confiar em Deus não somente quando as coisas estão boas e favoráveis, mas quando as coisas estão um pouco complicadas e difíceis, mas todos nós que temos limites, precisamos voltar a “fonte” de onde “fruirão rios de água viva” e buscar princípios que nos ajudam a continuar correndo com perseverança a carreira que nos foi proposta pelo Senhor.
Pedro em sua carta ele nos ensina sobre “Perseverança”. Perseverança é coragem para ir em frente, é firmeza, é constância, e a virtude que contribui para a vitória.
Contasse a história de um homem inquieto com a vida chamado Derbi. Cansado de trabalhar como vendedor nos EUA resolveu vender tudo o que tinha. Comprou um pequeno sítio no interior do Colorado e começou a preparar o terreno para plantar. Ao escavar o terreno ele encontrou uma pedrinha brilhante e após analisar e descobriu que era ouro puro. Com muita esperança e determinação ele chamou os seus parentes e amigos mais íntimos e formou um grupo para procurar ouro. Ele também resolveu comprar todos os terrenos vizinhos. Adquiriu máquinas e equipamentos pesados, cavou, cavou, cavou e não encontrou mais ouro. Seus parentes a amigos começaram a desanimar, pois o ouro não aparecia. Onde estava a mina? Todos os membros do grupo, um a um, pediram de volta a Derbi o que tinham investido. Derbi ficou sozinho com um grande terreno e muitas máquinas. Ele não pretendia desistir e continuou cavando, mas suas esperanças foram minguando e também desistiu. Vendeu tudo ao primeiro que apareceu interessado naquelas terras que para ele não valiam nada. Voltou para a cidade e recomeçou sua atividade de vendedor. Quando alguém não queria comprar, ele não insistia e logo desistia. Ele era um vendedor de seguros fracassado e infeliz. Certo dia ele leu uma notícia no jornal que lhe chamou a atenção: “Descoberta uma das minas de Ouro mais valiosa do mundo”. Ele leu a matéria interessado e viu que era em Colorado e o que mais lhe entristeceu que eram as suas terras, aquelas que ele vendera por uma ninharia. Continuou a ler o jornal e viu a declaração do proprietário do terreno: “Nós não tivemos muito trabalho para achar a mina principal. Tivemos apenas que cavar um metro a mais e pronto”. Ao ouvir aquilo, Derbi se lamentou profundamente e mandou gravar uma placa que dizia: “Na vida tudo depende de se cavar um metro a mais“.
Desse modo “Perseverança” é uma virtude que deve ser cultiva, principalmente entre os cristãos, é muito encorajador ouvir histórias como de André e Derbi.
Porém, muito mais significativo é saber que ao lutar não estamos só, existe alguém que está ao nosso lado, ajudando-nos a superar nossos limites, por essa razão a perseverança é uma ação motivadora
Não estamos sozinhos nessa jornada, Deus está ao nosso lado.
Hebreus 13:5 “De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei.”
Você acredita que tudo está debaixo do controle de Deus? Você acredita que as pequenas coisas, aqueles imperceptíveis ao homem, àquelas coisas insignificantes no nosso ponto de vista também estão debaixo do controle de Deus?
O que te faz pensar que aquilo que Deus em sua suprema inteligência não sabe quais são os seus limites? O que te faz pensar que Deus sendo conhecedor de toda ciência, de todos os mistérios, de todos os segredos, não é capaz de compreender a nossa finitude?
O que te faz pensar que o Senhor sendo grande em poder, não pode intervir e interferir no curso da vida do homem o livrando quando este se sente abatido? O que te faz pensar que Deus é limitado?
Às vezes trilhamos na linha da duvida. Sabemos muito sobre doutrina, conhecemos fatos, mas esquecemos de que DEUS também nos conhece. Confiamos naquilo que confiamos de Deus, mas esquecemos de que Deus verdadeiramente nos CONHECE.
Ele conhece os detalhes os contornos, tudo absolutamente tudo sobre mim, nada e absolutamente nada passa despercebido com relação a esse “Saber” do Senhor sobre nós. Esse fato deveria nos causar “Alento” e “Sossego
Jesus disse algumas verdades maravilhosas: Eis que estou convosco todos os dias até a consumação do século. Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros.
A “Fidelidade de Deus” não é apenas a garantia que ele vai cumprir tudo que disse que cumprir, a “Fidelidade de Deus” também está associado ao fato de que ele SEMPRE cumpri aquilo que é o MELHOR
Se Deus não tem te livrado das provas é que Ele sabe que é o MELHOR. Ele sabe que você pode suportar, mesmo que você diga o contrário. Ele sabe o que é MELHOR, e é MELHOR você passar pela prova do que não passar pela prova.
Aqueles três homens que foram jogados na fornalha ardente diante da ordem maléfica de Nabucodonosor, aqueles três homens sabiam dessa verdade de que DEUS sempre prove o MELHOR, mesmo que seja contrária minha opinião.
Eles sabiam que Deus sabia seus limites, e que se quisesse poderia INTERVIR, INTERFERIR, INTROMETER-SE…
O fato é que Deus interviu, porque Deus conhece nossos limites.
Daniel 3.17-18 “Se o nosso Deus, a quem servimos, quer livrar-nos, ele nos livrará da fornalha de fogo ardente e das tuas mãos, ó rei. Se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que levantaste.”
Esse texto de Hebreus além de nos ensinar que “Deus é fiel”, também nos ensina que “Deus é livrador”. Paulo disse em outra ocasião:
2 Timóteo 4:17 “Mas o Senhor me assistiu e me revestiu de forças, para que, por meu intermédio, a pregação fosse plenamente cumprida, e todos os gentios a ouvissem; e fui libertado da boca do leão.”
Note o que o Salmista declarou:
Salmos 37:40 “O SENHOR os ajuda e os livra; livra-os dos ímpios e os salva, porque nele buscam refúgio.”
Leia comigo o que o profeta Isaias declarou   
Isaías 41:10 “Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel.”
Existe um texto que muitos crentes confundem o seu significado, “dizem” que Deus “Acampa seus anjos ao redor daqueles que o temem”. O texto não está dizendo isto, o texto diz “O Anjo”, não “Anjos”, o texto não está se referindo a seres angelicais, mas “O mensageiro do Senhor que é Cristo”. Note o texto com muita atenção:
Salmos 34:7 “O anjo do SENHOR acampa-se ao redor dos que o temem e os livra”.
Eu prefiro o Senhor Jesus acampado ao meu lado do que milhares de milhares legiões de anjos. Porque a promessa é que o Senhor me livra, essa é a promessa.
Em suas orações lembre-se “O único que pode te livrar é o Senhor
Pr. Mário Botão 

Não seja destruído pelo seu namoro

Leitura Provérbios 4.23 “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração porque dele procedem às fontes da vida”.
Certo conselheiro cristão foi em uma universidade para dar uma palestra sobre “namoro”, mas era uma universidade muito hostil com seus palestrantes. O problema não era nem as “vaias”, mas o “desprezo”, não havia muito interesse por parte dos alunos sobre “Namoro no ponto de vista bíblico”. E como o palestrante não conseguia a atenção daqueles universitários. Ele fez uma declaração e logo em seguida desceu do auditório: Ele disse: “Todos vocês tem dois grandes temores: nunca poder amar e nunca ser amado”. Aquela declaração foi uma flecha no coração de vários jovens, e muitos deles o procuram em particular.
É um grande desafio falar sobre “Namoro no ponto de vista bíblico” ao jovem contemporâneo.
Somos conscientes da dificuldade de difundir uma mentalidade cristã sobre um namoro regido por princípios bíblicos, por um preconceito e uma aversão às regras de Deus numa sociedade que preza equivocadamente por uma liberdade sem limites.
Podemos enumerar algumas razões que tem gerado dificuldade da igreja ter um papel fundamental na construção de relacionamentos saudáveis entre os jovens, principalmente os da igreja.
1)   A Bíblia não trata diretamente sobre esse assunto
2)   Cada vez mais cedo pessoas estão entrando num relacionamento afetivo.
3)   Tem havido um crescente número de relacionamentos temporários e promiscuo.
4)   A uma grande confusão e cada vez mais pessoas estão confusas sobre amor e paixão.
5)   As carícias têm levado muitos jovens a cultivarem afetividade sexual fora do casamento.
Essas dificuldades têm construindo uma geração de jovens irresponsáveis, despreparados, com uma mentalidade infantil para um relacionamento adulto.
Nós que somos norteados pela Palavra de Deus, como podemos discutir sobre namoro bíblico se a bíblia não fala sobre esse assunto?
Precisamos de princípios bíblicos para nortear essa discussão, mas afinal de contas “O que é um princípio bíblico?”.
Princípio bíblico é uma regra imutável baseado no caráter de Deus. Desse modo vamos considerar alguns princípios sobre esse assunto
1-   Não deixe Deus fora das suas decisões.
Gênesis 2.18 “Disse mais o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea”.
Homem e Mulher é uma criação engenhosamente maravilhosa
  • Foi Ele quem os formou fisicamente com todos os órgãos e membros, Ele sabe exatamente as necessidades físicas de um homem.
  • Foi Ele quem lhe soprou a vida e o homem passou ser uma alma vivente, isto é dotado de inteligência, emoções e vontade.
  • Foi Ele quem teve a ideia de trazer uma companheira ao homem. A decisão de ter uma mulher para Adão, não partiu de Adão, mas sim de Deus, e no tempo certo Deus trouxe uma mulher a Adão.
Homem e Mulher é uma criação engenhosamente planejada
  • Planejou o domínio que ressalta a importância da mordomia.
  • Planejou o trabalho que ressalta a importância da responsabilidade social.
  • Planejou a obediência que ressalta a importância de ouvir a voz de Deus.
Homem e Mulher é uma criação engenhosamente constituída
  • Deus nos conhece completamente – 139.1
  • Deus conhece meus pensamentos – 139.2
  • Deus conhece todos os meus caminhos – 139.3
  • Deus me acompanha aonde eu for – 139-4-10
  • Deus nos criou no ventre materno – 139-13
  • Conhece nossa alma – 139.14
  • Conhece nossa parte física – 139.15
  • Conhece nossa parte em formação – 139.16
  • Conhece meu coração e meus desejos – 139.23
Deus planejou para o homem uma companheira, e verificamos pelo registro que Adão:
  • Não chorou por uma companheira
  • Não implorou por uma companheira
  • Não se preocupou por uma companheira
  • Não procurou desesperadamente por uma companheira
  • Não ficou reclamado e se queixando por não ter uma companheira
Percebemos claramente que Deus é a pessoa mais interessando no relacionamento entre um homem e sua mulher. Assim sendo devemos colocar em princípio em prática se queremos construir relacionamentos duradouros.
2-  Não deixe que seus sentimentos seja a regra final para suas decisões
O profeta Jeremias falou o seguinte sobre o “Coração humano”.
Jeremias 17.9 “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?”.
Precisamos aprender a controlar nossos sentimentos e impulsos, caso contrário, seus sentimentos te controlarão, e você passara ser “Escravo dos seus desejos”.
Caso isso aconteça você terá dificuldades para tomar a decisão certa com relação a pessoa certa e sofrerá grandes prejuízos.
Provérbios 25:28 “Como cidade derribada, que não tem muros, assim é o homem que não tem domínio próprio”.
Responde as questões abaixo para você avaliar seus “Sentimentos”, se você confirmar positivamente esse perfil, você precisa cuidar.
  • Tenho que estar com ele (ela) quase todo tempo
  • Tenho ciúme quando ele (ela) presta atenção ou recebe atenção de outra pessoa
  • Quando não o vejo fico irritado
  • Fico com raiva quando ele conversa com alguém
  • Nós amamos tanto que decidimos viver juntos, porém sem o casamento.
  • Puxa! Tenho que tocar, beijar senão não fico contente.
  • Penso muito em sexo quando fico perto dele(a).
  • No final vai dar tudo certo depois que eu casar com um descrente
  • Não tenho coragem de contar para meus pais que estou namorando
  • Não teria coragem de contar para meus pais os detalhes que eu faço quando estou perto dele(a).
3-  Deixe que o Espírito Santo dirija seus passos e não precipite nas decisões
Nós que conhecemos a verdade, sabemos que Deis não nos deixou “Órfãos”, pelo contrário, cremos que Deus deixou o Espírito Santo para dirigir a vida daqueles que ele salvou.
Por essa razão Paulo fez aquela observação no livro de Efésios
Efésios 5:18  E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito,
Quando estudamos o livro de Juízes podemos aprender sobre a história de Sansão homem forte, mas de caráter fraco.
Mesmo sendo um jovem consagrado e com uma missão bem esclarecida, chegou um momento que ele não mais escutava a voz de Deus, e colheu um fim muito triste para alguém que tinha um futuro promissor.
Sansão foi separado por Deus para livrar o povo de Israel de seus inimigos, isto é os “filisteus”.
Por várias vezes Sansão se deixou enamorar por moças ímpias, que não era a vontade de Deus para sua vida.
Mas como tudo tem sua primeira vez, Sansão também teve a primeira vez…
Juízes 14.1-3 “Desceu Sansão a Timna; vendo em Timna uma das filhas dos filisteus, subiu, e declarou-o a seu pai e a sua mãe, e disse: Vi uma mulher em Timna, das filhas dos filisteus; tomai-ma, pois, por esposa.  Porém seu pai e sua mãe lhe disseram: Não há, porventura, mulher entre as filhas de teus irmãos ou entre todo o meu povo, para que vás tomar esposa dos filisteus, daqueles incircuncisos? Disse Sansão a seu pai: Toma-me esta, porque só desta me agrado.”
Sansão deixou de ouvir a voz do Senhor e começou atender ao seu coração, e por outras vezes essa situação se repetiu, ele se tornou um homem imoral.
Juízes 16.1 “Sansão foi a Gaza, e viu ali uma prostituta, e coabitou com ela”.
Todos nós sabemos o final dessa história, mas é importante ressaltar a participação de Dalila, na vida de Sansão, uma mulher ímpia, astuta, porém bela e atraente aos olhos e aos sentimentos de Sansão.
Juízes 16.4 “Depois disto, aconteceu que se afeiçoou a uma mulher do vale de Soreque, a qual se chamava Dalila”.
Dalila o importunou tanto até que ele revelasse o segredo de sua força, ela o traiu, e isso lhe custou à vida.
É interessante que os olhos de Sansão, os mesmo que lhe afeiçoou por Dalila, foi o mesmo arrancado por ela, diante de sua traição.
Juízes 16.20-21 “E disse ela: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão! Tendo ele despertado do seu sono, disse consigo mesmo: Sairei ainda esta vez como dantes e me livrarei; porque ele não sabia ainda que já o SENHOR se tinha retirado dele. Então, os filisteus pegaram nele, e lhe vazaram os olhos, e o fizeram descer a Gaza; amarraram-no com duas cadeias de bronze, e virava um moinho no cárcere.”
Conclusão
Esses são alguns dos princípios que encontramos na palavra de Deus que ajuda o servo de Deus a ser criterioso com relação as suas decisões.
·         Não deixe Deus fora das suas decisões.
·         Não deixe que seus sentimentos seja a regra final para suas decisões
·         Deixe que o Espírito Santo dirija seus passos e não precipite nas decisões

Pr. Mário Botão 

Quem realmente está no comando?

Leitura: Provérbios 21:1 “Como ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do SENHOR; este, segundo o seu querer, o inclina”.
Salomão escreveu que o Senhor tem o controle sobre os reis, assim todo e qualquer humano revestido de autoridade está debaixo do seu poder.
O profeta Isaias registrou algumas declarações contundentes de Deus
Isaias 14.24 “Jurou o SENHOR dos Exércitos, dizendo: Como pensei, assim sucederá, e, como determinei, assim se efetuará.”
Is 43.13 “Ainda antes que houvesse dia, eu era; e nenhum há que possa livrar alguém das minhas mãos; agindo eu, quem o impedirá?”.
Diz Norman Geisler “Um Deus que existe antes de todas as coisas, está além de todas as coisas, sustenta todas as coisas, conhece todas as coisas e pode todas as coisas, esse controle completo de todas as coisas é chamado Soberania divina”.
Na Confissão de fé de Westminster diz o seguinte: “Desde toda a eternidade, Deus, pelo muito sábio e santo conselho da sua vontade, ordenou livre e inalteradamente tudo quanto acontece…”.
É excitante observar a grandeza desta “Soberania” no pronunciamento prévio de Deus a Moisés sobre aquilo que aconteceria a Faraó, antes mesmo de acontecer.
Êxodo 3.18-19 “E ouvirão a tua voz; e irás, com os anciãos de Israel, ao rei do Egito e lhe dirás: O SENHOR, o Deus dos hebreus, nos encontrou. Agora, pois, deixa-nos ir caminho de três dias para o deserto, a fim de que sacrifiquemos ao SENHOR, nosso Deus. Eu sei, porém, que o rei do Egito não vos deixará ir se não for obrigado por mão forte”.
Deus sabia exatamente: O que fazer; Como fazer; Além do mais, ele sabia quais seriam os resultados.
Faraó no Egito é mais que um simples rei, o Faraó era também o administrador máximo, o chefe do exército, o primeiro magistrado e sacerdote supremo do Egito sendo-lhe, mesmo, atribuído caráter divino.
No livro do Êxodo, Faraó é mencionado como um homem frio e inescrupuloso. A bíblia nos informa de sua engenhosa e maquiavélica estratégia para fazer o povo hebreu sofrer e gerencia terríveis maus-tratos contra o povo de Israel.
Êxodo 1.8-11 “Entrementes, se levantou novo rei sobre o Egito, que não conhecera a José. Ele disse ao seu povo: Eis que o povo dos filhos de Israel é mais numeroso e mais forte do que nós. Eia, usemos de astúcia para com ele, para que não se multiplique, e seja o caso que, vindo guerra, ele se ajunte com os nossos inimigos, peleje contra nós e saia da terra. E os egípcios puseram sobre eles feitores de obras, para os afligirem com suas cargas. E os israelitas edificaram a Faraó as cidades-celeiros, Pitom e Ramessés”.
A dura escravidão imposta por Faraó, fez com que Deus agisse na direção de suas promessas feita aos patriarcas e o Senhor agirá com “Braço forte”.
Êxodo 2.23-24 “Decorridos muitos dias, morreu o rei do Egito; os filhos de Israel gemiam sob a servidão e por causa dela clamaram, e o seu clamor subiu a Deus. Ouvindo Deus o seu gemido, lembrou-se da sua aliança com Abraão, com Isaque e com Jacó”.
Na narrativa do Êxodo percebemos uma expressão que se repete ao longo desse período entre o chamamento de Moisés e a Libertação do povo hebreu que é a expressão “Coração endurecido”.
Vemos que por várias vezes “Deus” endurece o coração de Faraó: Êxodo 3.20; 4:21; 7:3; 9:12; 10:20; 10:27;11:10; 14:4 e 14:8.
Também observamos que por várias vezes “Faraó” endurece seu próprio coração: Êxodo 7:13; 7:22; 8:19; 8:32; 9:7 e 9:34. 
Porque Deus endureceria o coração do Faraó sendo que Deus tinha intenção de libertar o povo? Como Faraó poderia ser responsável por um endurecimento causado pelo próprio Deus?
Aprenderemos a razão pelo qual Deus endureceu o coração de Faraó e porque Deus o responsabilizou pelos seus atos de desobediência
Deus endureceu o coração de Faraó para demonstrar seu poder
Deus demonstrará o seu poder através de um coração obstinado. Devemos lembrar que todo homem tem inclinação para o mal, como está registrado no livro do Salmo.
Salmos 53:3 “Todos se extraviaram e juntamente se corromperam; não há quem faça o bem, não há nem sequer um”.
A intensidade das decisões de Faraó são maiores pelo fato da sua posição. A sua condição de autoridade máxima imponha sobre ele, maiores responsabilidades, assim sendo as consequências em relação ao homem comum também seriam maiores.
Desse modo para Deus demonstrar aos Egípcios o seu poder, a pessoas que ele deveria trabalhar seria o próprio Faraó. Faraó caiu nas mãos do Deus vivo!
Hebreus 10:31 “Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo”.
No começo do livro do Êxodo temos traços do perfil de governo que revela características pessoas do caráter de Faraó.
Ímpio
Ex 1.8
Astuto
Ex 1.10
Impiedoso
Ex 1.11
Tirano
Ex 1.13
Assassino
Ex 1.16
Cruel
Ex 1.22
Faraó era a personificação do mal, um ícone da maldade, seus atos impetuosos contra o povo hebreu. Ele aplicou dura servidão por muito tempo.
Deus ele está atento ao clamor do seu povo, ele agirá para livrar e salvar o seu povo, principalmente contra aqueles que praticam males, observe essa declaração do profeta Isaias
Isaías 35:4 “Dizei aos desalentados de coração: Sede fortes, não temais. Eis o vosso Deus. A vingança vem, a retribuição de Deus; ele vem e vos salvará”.
A disciplina imposta por Deus naquele pequeno período de tempo, comparado aos muitos anos de escravidão e violência não será desproporcional ou injusto porque é Deus quem está aplicando.
Faraó teve o seu coração ímpio endurecido pelo Senhor para não deixar o povo ir. Essa estratégia divina teve como objetivo escrever profundamente no coração daquela nação que Deus tem “Braço forte” na sua disciplina.
Faraó por várias vez faz “jus” a sua declinação para o erro e o mal
Êxodo 9:34 “Tendo visto Faraó que cessaram as chuvas, as pedras e os trovões, tornou a pecar e endureceu o coração, ele e os seus oficiais.”
Desse modo o “Endurecimento” por parte do Senhor, aconteceu em vista a uma declinação de Faraó e o seu propósito de multiplicar seus prodígios no Egito a fim de que o Egito soubesse que o Senhor é poderoso.
Podemos aprender com esse registro surpreendente da ação do nosso Deus, algumas lições:
1º Deus tem o controle absoluto sobre o Universo e não há ninguém que esteja livre de seu domínio
2º Deus não é injusto para ficar esquecido de seus servos e surdo aos seus clamores
3º Deus age contra o perverso e o usa de forma inexplicável para o louvor da sua glória
Pr. Mário Botão

Jesus do lado de fora é causa de uma igreja morna

  

Leitura: Apocalipse 3.14-22
O livro de Apocalipse foi escrito num período onde a igreja precisava de encorajamento. A igreja estava passando por muitas dificuldades, Satanás está atacando de todos os lados, era necessário lutar conta falsos profetas e lutar para se manter pura diante da imoralidade que sorrateiramente estava entrando na igreja.
A igreja precisava ouvir as Palavras do seu Senhor, e é justamente isso que o livro em seus três primeiros capítulos apresenta. Jesus pessoalmente escreve uma carta para cada uma das sete igrejas da Ásia menor: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia.
E podemos perceber as características no início dessa carta demonstrando o objetivo de afirmar que aquele que “Escreve” é digno de “Credibilidade”.
Como no caso da carta a igreja de Laodicéia, todas as características apresentadas: o Amém, a Testemunha Fiel e o primogênito dentre os mortos tem esse objetivo de firmar que aquele que “Adverte” é digno de “Competência”.
O texto também revela que esta carta está sendo dirigida ao pastor da igreja de Laodicéia que por sua vez entregaria a mensagem aos membros da igreja.
Essa carta contém algumas advertências contra uma igreja morna, que serve para nós como admoestação para vivermos um relacionamento intenso com o Senhor Jesus.
1ª Advertência é sobre a qualidade das nossas obras – Ap 3.15-16
Esse texto começa afirmando que Jesus conhece sua igreja de forma completa e igual.
Nos EUA na década de 30 surgiu uma teologia chamada “Teísmo aberto”, que por sua vez tem influenciado as igrejas aqui no Brasil. Desde então muitas igreja tem renovado o seu conceito sobre os atributos de Deus. O “Teísmo aberto” acredita que Deus se limitou depois de ter criado o homem, desse modo: Deus não é o Todo Poderoso: Deus é limitado, por essa razão existe tanta maldade no mundo, e por isso “Eles acreditam” que existam tantas tragédias e sofrimentos, Deus sofre com isso, por não ter poder de mudar a história. Para o Teísmo aberto, Deus também não é Onisciente, ele não sabe o que vai acontecer no futuro, o que ele sabe é limitado, ele não sabe as decisões que vamos tomar, ele não sabe o que vai acontecer com você no ano que vem, ele não sabe o que vai acontecer com o mundo. É um Deus assustado que é completamente contrária a fé cristã.
Assim sendo esse texto que está diante de nós, nos ensina isso que Jesus sendo conhece perfeitamente a vida da sua igreja.
Jesus ao trazer essa primeira advertência, ele faz uso de uma linguagem comum para os Laodicenses os “Dutos da cidade”.
Na região que se localizava a cidade de Laodiceia, havia outras duas cidades, a cidade de Colossos na parte de baixo e Hierápolis na parte de cima. Uma característica peculiar da cidade de Colossos, que a cidade possui sua própria reserva de água fria, fonte natural. A cidade de Hierápolis possuía uma reserva natural de águas termais “água quente”. A cidade de Laodicéia não possuía nenhum reservatório de águas, neste caso, o prefeito fez um acordo com essas duas cidades e foi construído um aqueduto para a canalização das águas, até hoje em Laodicéia, existem os restos mortais dos “Dutos”. O detalhe é que quando as águas se encontravam e desembocam no reservatório artesanal construído em Laodicéia as águas chegavam mornas. O povo sofria muito com isso, os próprios mercadores que vinham das outras regiões para negociar na cidade, reclamavam da água da cidade, porque dava ânsia de vômito.
Essa linguagem utilizada por Cristo comparando o sistema de água da cidade, com as obras daqueles crentes é incrível. Interessante que Jesus poderia dizer Alguém me contou, mais ele não diz isso, Ele declara “Eu SEI” eu conheço a qualidade de suas obras.
Suas obras não são frias, essa frase traz uma idéia de crentes que estão totalmente “Sem ânimo, ou desanimados”. Que por sua vez também não estão Quentes – ou seja, fervorosos, animado, dispostos, entusiasmado, energético, vivo.
Jesus diz as obras eram “Mornos”, que significa “Misturado” o termo traz a ideia de “Indiferença”, essa aparece apenas uma vez no Novo Testamento.
Jesus diz com precisão clinica como um medido dando ao seu paciente o laudo: suas obras são parciais, sua atitude é de indiferença, sua reação é passiva e sua neutralidade me incomoda.
Devido a essa mistura, Jesus diz: estou prestes a vomitar da minha boca; O que Jesus quer dizer com isso? Ele está dizendo o que sei sobre suas obras é algo desagradável, estou com ânsia, náuseas.
Quando Jesus compartilha essa advertência, podemos notar que ele ainda “Não vomitou”, mas está prestes a fazer, ou seja, a qualquer momento, ele vai colocar pra fora o que não presta;
Deus se mostra insatisfeito, quando pelas nossas ações mostramos uma “Mistura”. Têm coisas que não se misturam, têm coisas que não se combinam.
No Antigo Testamento, com o povo de Israel era a mesma coisa, o povo era advertido para “Servir apenas a um Senhor”, e eles insistiam em “Misturar”, o santo com o profano, o certo com o errado, o legal com o ilegal. (Js 24.15)
2ª Advertência é sobre o estado espiritual dos crentes – Ap 3.17-18
Economia da cidade de Laodicéia é algo interessante de nota: Uma Cidade Autossustentável, situado em uma vale Fértil, possuía um centro Bancário, havia uma Escola de Medicina e era conhecida pela sua manufatura de Tecido e confecção de roupas.
Possivelmente eles tinham coisas nas quais poderiam se orgulhar, e qual o problema de reconhecer que temos “Dotes” de causar admiração aos outros. Uns tem “Dinheiro”, outros tem “beleza”, ainda outros tem “talentos”. E isso causa admiração nos outros. Laodicéia tinha motivos de sobra para se orgulhar
Alguns historiados, dizem que no ano 70 d.C. houve um grande terremoto, que devastou a cidade, deixando-a em ruínas, os Laodicenses não precisaram recorrer ao “Banco central” de Roma, solicitando “verbas” para reconstruir a cidade, porque a cidade com seus próprio recursos a reconstruíram, e isso era motivo de orgulho.
Devido a essa “Autonomia”, essa “autossuficiência”, essa “Independência”, trouxe sérias consequências para dentro da igreja.
Uma característica se você é um crente morno, é que todo crente morno tem dificuldade de avaliar o seu verdadeiro estado espiritual; Na ótica particular dos Laodicenses, eles estavam ricos, abastados, e não preciso de coisa alguma. No ponto de vista daquele povo sobre si mesmo era que “Tudo estava legal
Mas essa não era a conclusão que Cristo tinha do seu estado espiritual daquele povo, pelo contrário, Jesus disse exatamente o contrário, por essa razão eu havia dito: “Uma característica se você é um crente morno, é que todo crente morno tem dificuldade de avaliar o seu verdadeiro estado espiritual”.
Apocalipse 3.17 “Pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu.”
Para Cristo eles eram “Infelizes”, o que isso quer dizer, Paulo usa essa mesma expressão no livro de Romanos, infeliz significa “Carregar um corpo morto”. Para Cristo eles eram “Miseráveis”, ou seja, “digno de pena”. Para Cristo eles eram “Pobres”, ou seja, “Mendicância”, talvez fazendo uma crítica a postura de autossuficiência, quando eles disseram “Sou ricos e abastados”; Para Cristo, eles eram “Cegos”, mentalmente cegos, mesmo que eles tivessem uma sede de uma famosa escola de Medicina, esta cidade provavelmente também produzia o remédio para os olhos conhecido como pó frígio. Uma das principais deidades veneradas em Laodicéia era Asclépio, um deus da Medicina; Para Cristo todo aquele avança de nada adiantaria para a cura espiritual, porque eram cegos espiritualmente. Para Cristo, eles eram “Nus”, digno de vergonha, mesmo que a lã negra e lustrosa, brilhante de Laodicéia, e as roupas fabricadas com ela, eram amplamente conhecidas em Roma; Para Cristo, eles estavam desnudos, despidos, sem roupas, digno de vergonha.
Jesus avalia com exatidão o estado das obras dos crentes, o estado espiritual dos crentes, por que ele é aquele que “Conhece” a vida daqueles que fazem parte da sua igreja. Jesus não é o deusinho impotente com medo de humanos como apresenta o deus em minúsculo do “Teísmo aberto”. Jesus é aquele que “Conhece” profundamente a história de sua vida
Em Apocalipse 3.18, Ele dá um conselho:
“Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas”.
Conceito próprio
Conceito de Cristo
Conselho de Cristo
Rico
Infeliz e Miserável
Compre de mim…
Abastecido
Pobre
Ouro refinado para enriquecer
Não preciso de nada
Cego
Vestes brancas para nudez
Nu
Colírios para ungires os olhos
Conclusão
E essas duas advertências (Obras e o Estado Espiritual) da igreja demonstra que Jesus sabe como ajudar a sua igreja a viver de uma maneira que lhe trará honra.
Jesus lança um desafio aos Laodicenses. Jesus ao declara que CONHECE e que ACONSELHA também é aquele que corrige e disciplina, e ele o faz porque AMA.
Jesus encerra a mensagem dizendo:
Apocalipse 3.20 “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo”.
É muito triste saber que a igreja que tem Cristo como seu cabeça, agora por causa de suas obras e de seu estado o tem colocado para fora da igreja, Jesus infelizmente não tem sido o ORIENTADOR da igreja.
Jesus convida a Igreja ao arrependimento, ele está à porta, é muito interessante que aqueles que submetem ao senhorio de Jesus terão o privilégio de reinar com ele na ocasião as da implantação do Reino Milenar.
Apocalipse 3.21 “Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono”.

Pr. Mário Botão

Expectativa de um retorno

Leitura: Apocalipse 2.1-7
O que Cristo pensa da sua igreja é uma questão de grande interesse para todos os cristãos. O que nós pensamos da igreja partindo de uma perspectiva interna. O que outros pensam da igreja, são opiniões importantes, porém muito mais significativa é a visão do próprio Cristo.
No versículo dois, há uma declaração contundente, incisiva: “Conheço as tuas obras”. Jesus conhece sua igreja de forma completa e igual sem esforço algum. Essa frase que Jesus usa para descrever sua capacidade particular de conhecer a vida da sua igreja é constituída por uma palavra interessante na língua grega, temos aqui excelente professor de grego, e ele melhor do que ninguém pode confirmar o que eu vou declarar…
O grego tem precisão técnica de expressão, não encontrado no hebraico, o grego é um idioma da mente, mais do que do coração, deste modo estudar o grego nos ajuda a interpretar a palavra de Deus de modo surpreendente.
A língua grega é um idioma muito rico, e bem exato no sentido das palavras, quando alguém quer descrever um “Conhecimento” mais profundo, um conhecimento particular e mental, usa-se o temo “Oida” é exatamente essa palavra usada aqui em Apocalipse 2.2, isso significa que seu conhecimento sobre todas as coisas é absoluto, exato e completo.
Qual foi a estratégia de Cristo em orientar sua igreja a voltar ao primeiro amor?
1- Jesus destacou virtudes que revelam crentes ocupados na obra – Ap 2.2-3
Jesus diz que aquela igreja, era constituída de pessoas que sabiam trabalhar. Jesus disse: “Conhece o teu labor
Você conhece uma igreja dedica? A igreja de Éfeso era uma igreja dedicada, uma igreja ativa, ocupada no serviço de Deus. Podemos imaginar os crentes de Éfeso visitando os idosos, as viúvas, ensinando os jovens, promovente intercâmbios, cuidando dos doentes, os homens se reunião para encontros as mulheres se mobilizaram para fazer campanhas. A igreja de Éfeso era uma autenticai colmeia, todos serviam. Cada membro estava de algum modo, fazendo alguma coisa, eram dedicados.
Jesus também destaca que aquela igreja, era constituída de pessoas perseverantes. Eles eram “Persistentes” em meio as dificuldades. A cidade de Éfeso era um ajuntamento de muitas religiões, praticavam-se artes mágicas, havia uma tremenda reverencia a Diana, deusa mãe da Ásia e também havia um culto em adoração ao Imperador.
Mesmo diante de tantas oposições os efésios eram perseverantes na sua fé, mesmo que muitos estavam sendo “Boicotados” no trabalho, desprezados na vizinhança, odiado pelos familiares eles eram persistentes;
Jesus reconhece o labor e a perseverança e elogia a fidelidade na doutrina. Possivelmente eles tinham sido visitados por alguns autodenominados “apóstolos”, como acontece nos dias de hoje.
No versículo 6, é identificado os “Nicolaítas”. Quem eram eles exatamente o que ensinavam não é possível descrever, porém os pais da igreja acreditavam que os “Nicolaítas” eram discípulos de “Nicolau de Antioquia”, um judeu que se converteu ao cristianismo, porém que sustentava algumas idéias controversas.
Mesmo que não tenhamos condições de afirmar com clareza que eram os nicolaítas, o fato é que “Seus ensinos eram enganosos”. Interessante que Paulo havia visitado Éfeso 30 anos antes de Jesus escrever essa carta por meio de João, na ocasião da visita de Paulo, 30 anos antes ele havia advertido, vejamos:
Atos 20.29-30 “Eu sei que, depois da minha partida, entre vós penetrarão lobos vorazes, que não pouparão o rebanho. E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles.”
Entenda, no final da terceira viagem missionária de Paulo, seu navio ancorou em Mileto (60 km de Éfeso), ele mandou chamar os pastores de Éfeso e os advertiu que era possível a invasão de falsos profetas. O fato é que os “Lobos” haviam chegado, 30 anos depois da visita de Paulo; Eles estavam disseminando suas doutrinas obscuras e perigosas no meio do povo
Porém, os cristãos de Éfeso, nessa ocasião foram “nobres”, como aqueles de Beréia, porque eles examinaram aquilo que estava sendo ensinados por esses “falsos apóstolos”; De acordo com o registro de Apocalipse 2.2 diz assim: “e que não podes suportar homens maus, e que puseste à prova os que a si mesmos se declaram apóstolos e não são, e os achaste mentirosos”.
Quando Jesus estabelece essa orientação, reconhecendo e elogiando as obras daqueles crentes podemos notar que essa igreja seria um modelo em todos os aspectos, crentes que trabalhavam, crentes dedicados no serviço cristão, perseverantes tanto na luta em meio a sofrimentos como na defesa da fé. Porém, perceberemos que a orientação de Jesus não para por aqui, suavemente coloca o dedo na ferida, ele descreve então uma “Desaprovação”.
2- Jesus censura, mas revela o caminho de volta  – Ap 2.4

Jesus havia profetizado em Mateus 24.12 “E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos.” De alguma maneira os corações daqueles crentes ficaram frios…
As palavras de reprovação de Cristo, em si mesmas, não são claras em dizer se o abandono do amor se referia a Cristo ou ao próximo, vamos considerar um abandono do amor com relação a Cristo…
No Novo testamento a igreja é apresentada como “Noiva do Cordeiro”, Paulo escreveu assim com relação à igreja, Jesus sendo o Noivo, ele teve motivos para se queixar da sua noiva.
Talvez não haja nada que “Desencoraje” mais do que um relacionamento, em que as pessoas que vivem aquela intimidade, acabam se distanciando. Aquele primeiro interesse havia passado. Sua antiga devoção a Cristo havia passado. Eles tinham verdadeiramente amado a Cristo, mas agora esse amor enfraqueceu…
O noivo está à procura do primeiro amor, Jesus se entristece quando esse amor não é correspondido. O amor é a primeira marca de uma igreja verdadeira e viva, sem esse amor a igreja é morta.
A ironia de tudo isso é que Paulo 30 anos antes havia escrito o seguinte com relação a esses Efésios.
Efésios 6.24 “A graça seja com todos os que amam sinceramente a nosso Senhor Jesus Cristo.”
Paulo havia reconhecido que 30 anos atrás eles amavam o Senhor. Com certeza aquela geração não era a mesma de 30 anos atrás. As pessoas mudaram e o amor à Cristo também mudou. O amor havia se descaracterizado com relação ao Senhor. Eles se empenhavam com labor, mas sem amor. Resistem aos ataques com perseverança, mas sem amor. Examinavam as escrituras com avidez, mas sem amor.
A maior coisa do mundo cristão é “amar a Deus”
o   O amor é maior que o conhecimento…
o   O amor é maior que a fé…
o   O amor é maior que a esperança…
O amor é eterno e indestrutível, o amor jamais acaba. Desse modo Jesus elogia a perseverança, mas desaprova o amor. Não devemos a bem do “Serviço e labuta cristã”, deixar o lado o “Amor ao Senhor”.
O que Jesus aconselha para que essa igreja retorne ao primeiro amor?
Apocalipse 2.5 “Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas”.
Jesus aconselha usando três palavras interessantes (Lembra-te, Arrepende-te e Volta)
A igreja recebe a ordem de “Lembrar”. Isto buscar na memória a “condição anterior”. A lembrança é um dom precioso. Olhar para trás pode ser pecaminoso, mas também pode ser sensato; Obviamente não devemos olhar para traz como fez a mulher de Ló e também não devemos viver do passado. Porém Deus usa a lembrança para ensinar o caminho de volta…
Jesus está ensinando que devemos comparar o que éramos com aquilo que temos nos tornado. No passado vocês me amavam, o amor vinha antes do labor, da perseverança, da defesa da fé, agora vocês deixaram de me amar, apensar de laborarem, apesar de perseverarem e apesar de serem grandes defendes da fé. Lembre-se de onde caíste
A segunda palavra é arrependimento, Jesus disse: “Arrepende-te e volta”. Muitas pessoas confundem arrependimento com remorso, remorso antes de tudo tem origem no homem e sua forma é o “medo”. Arrependimento é ter o desejo de mudar quando confrontados pela palavra de Deus
A censura não está na dedicação, não está no serviço, não está na perseverança ou na defesa da doutrina. Deus não está chamando a igreja a se dedicar mais. Deus está chamando sua Igreja ao primeiro amor…
O que Cristo pensa com relação a sua igreja é importante pra você? Você reconhece que Cristo conhece sua história de vida e que nada está oculta perante seus olhos? Será que você faz parte de uma igreja que é dedicada? Será que você faz pare de uma igreja que é zelosa com a doutrina? Você acha que Deus está satisfeito com o seu amor devotado a ele? Existe alguma área que você precisa confessar e abandonar? A minha decisão é obedecer aquilo que Cristo destacou na minha vida, ore por mim. Eu desejo voltar a viver um amor intenso com o meu Senhor.

Pr. Mário Botão


Obs: Usei como base de pesquisa comentários de John Stott

Apunhalado pelas costas


Leitura: Filipenses 3.18 “Pois muitos andam entre nós, dos quais, repetidas vezes, eu vos dizia e, agora, vos digo, até chorando, que são inimigos da cruz de Cristo”.

São muitas as lágrimas e muitas as dores que suportam os servos do Senhor, causadas por aqueles que são inimigos da verdade que atacam pelas costas.

Infelizmente os servos do Senhor que sofrem injustamente e impiedosamente as opressões causadas pelos inimigos do Reino cuja índole é questionável e o caráter é duvidoso.

O apóstolo Paulo sofreu nas mãos dessas pessoas, desses maus obreiros, pessoas que imitavam a verdade, pessoas que professavam uma fé, muitas vezes pessoas próximas, mas com intenções maquiavélicas que tinham o intuito de machucar, ferir e de alguma forma atrapalhar o trabalho do servo do Senhor.

Paulo em suas cartas mencionam pessoas desse tipo, pessoas que vieram do seu ciclo de amizades, e outro que invadiram sua vida deixando amargas lembranças, como foi o caso de Alexandre.

2 Timóteo 4:14 “Alexandre, o latoeiro, causou-me muitos males; o Senhor lhe dará a paga segundo as suas obras.”
        
Esse homem que trabalhava com esculturas em latão, um religioso se viu ameaçado pela pregação do apóstolo Paulo e armou ciladas, estimulou brigas, causou muito transtorno ao ministério do apóstolo Paulo.

Ao ponto de que Paulo teve de tomar uma atitude radical, como ele mesmo escreveu a Timóteo compartilhando suas dores.

1 Timóteo 1:20 “E dentre esses se contam Himeneu e Alexandre, os quais entreguei a Satanás, para serem castigados, a fim de não mais blasfemarem”.

Há duas notas que muito me incomoda:

“O exército cristão é o único que NÃO se preocupa com seus soldados feridos”.

“O exercito cristão é o único exército que LUTA e FERE seus próprios soldados”.

Contasse a história de um exército que se destacou por suas grandes conquistas, vencendo adversários, ultrapassando muralhas e subjugando seus opositores. Apesar da superioridade desse exército e de sua obsessão pela vitória, alguns de seus soldados eram atingidos, então surgia à pergunta: o que fazer com esses homens mutilados? E resposta era a seguinte: “Precisavam deixa-los para trás para que não nos atrapalhe”.

A igreja tem cuidado de seus feridos? Será que temos sido habilitados para socorrer o ferido? Ou os nossos soldados estão preparados para matar os feridos, e ferir aqueles que estão lutando? 

Paulo precisa de refrigério e encontrou em amigos do ministério, mas o fato é que temos enfrentado alguns inimigos camuflados que surgem do meio de nós, como afirmou João ao declarar:

1 João 2:19  Eles saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos.

A frase “Apunhalar pelas costas” traz a ideia de atraiçoar, ou seja, pessoas que armam para outros com cunho de traição.

Quem são esse? Se não são os caluniadores, os difamadores, os mentirosos, os insolentes, esses são os inimigos da verdade, são traiçoeiros, ventem-se e posam de bons moços, mas são inimigos.

E que nos resta a fazer se não obedecer às Palavras de Jesus que cita:

Mateus 5.44 “Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem”.

Na história da restauração dos muros de Jerusalém, encontramos um grupo de pessoas que causou muito aborrecimento a Neemias.

Todos nós conhecemos pessoas ao nosso redor como esses três homens, são pessoas que tem prazer em ver o “Circo pegar fogo”, mas não fazem nada para “Apagar o incêndio”.

Podemos identificar esse tipo de pessoa que são inimigos da verdade por algumas características básicas

1-   Eles são egoístas

Ne 2.10 “Disto ficaram sabendo Sambalate, o horonita, e Tobias, o servo amonita; e muito lhes desagradou que alguém viesse a procurar o bem dos filhos de Israel.”

Assim são pessoas que não conseguem ver o “Bem do outro”.
São pessoas que só conseguem enxergar seu próprio “bem estar
E quando o outro está satisfeito e contente, essas pessoas ficam bravas e irritadas.
É como aquela criança que descobre que o Pai deu um presente, fez um agrado para um dos filhos e ele vai e quebra o presente.
Se eu não posso ser feliz, você também não será.
Aliais eu não quero que você seja feliz, eu quero desgraçar a sua vida, e me felicito quando eu infernizo e desgraço a sua vida
Esses aqui são os três moços de Neemias: O Sambalate, o Tobias e o Gesém

2– Eles são críticos

Ne 2.19 “Porém Sambalate, o horonita, e Tobias, o servo amonita, e Gesém, o arábio, quando o souberam, zombaram de nós, e nos desprezaram, e disseram: Que é isso que fazeis? Quereis rebelar-vos contra o rei?”

O que é uma pessoa critica? É aquele comportamento típico de alguém que consegue ver as falhas, mas não faz nada para ajudar.

Jesus condenou muito essa postura dos Fariseus, porque eles eram assim “Críticos”, nada estava bom para eles, nada estava correto, tudo que Jesus fazia estava errado.

Se ele conversava com publicano, ele estava errado.
Se ele conversava com coletores de impostos, ele estava errado.
Se ele curasse um cego ele estava errado
Se ele fizesse um paralítico andar, ele estava errado.

Mas que “Maldição”, nada está bom, tudo o que eu faço está errado, foi onde Jesus falou:
          
Mateus 23:4 “Atam fardos pesados e difíceis de carregar e os põem sobre os ombros dos homens; entretanto, eles mesmos nem com o dedo querem movê-los”.

3-  Eles são sarcásticos

Ne 4.3 “Estava com ele Tobias, o amonita, e disse: Ainda que edifiquem, vindo uma raposa, derribará o seu muro de pedra.”

O que é uma pessoa sarcástica? É aquele ato de sarro, de ironia, de escarnio e de sátira.
É como se pessoa estivesse fazendo uma “Piada” da seriedade do trabalho. Esse tipo de comportamento lança ao coração do servo desânimo, desencorajamento, desistência Neemias precisou de muito equilíbrio e perseverança para não abrir mãos do trabalho.

Todas essas características são sinais que podem brotar de um coração que está em oposição a qualquer que seja o trabalho.

Uma das maiores dificuldades enfrentadas por Neemias, sem duvida eram esses três moços: Sambalate, Tobias e Gesém, todas as vezes que eles se aproximavam de alguma maneira a obra começava a regredir.

É muito interessante notar postura de Neemias em cada uma dessas investidas do inimigo . Sabe o que ele fazia? Ele buscava o Senhor em oração e clamava por socorro,

Ele não agir movido pela carne ou vingança, ele não “rodava a baiana”, Ele buscava sabedoria vinda dos altos céus, e Deus sempre lhe foi fiel, lhe respondendo e dando direção para lidar com esses estorvos.

Ne 4.4-6 “Ouve, ó nosso Deus, pois estamos sendo desprezados; caia o seu opróbrio sobre a cabeça deles, e faze que sejam despojo numa terra de cativeiro. Não lhes encubras a iniquidade, e não se risque de diante de ti o seu pecado, pois te provocaram à ira, na presença dos que edificavam. Assim, edificamos o muro, e todo o muro se fechou até a metade de sua altura; porque o povo tinha ânimo para trabalhar.

Essa meditação nos traz algumas importantes lições quando enfrentamos esse tipo de problema

1-    Todos aqueles que decidem agradar a Deus, vai desagradar os inimigos de Deus.
2-    Mesmo diante dos momentos mais difíceis e tensos Deus levanta bons amigos
3-    A melhor reposta diante dos ataques do inimigo é a oração
4-    Podemos identificar os inimigos da verdade pelos seus atos
5-    Deus pode e deseja nos conceder vitórias diante dessas opressões que nos sobrevém

O Profeta errou quando não foi Deus quem falou


Leitura: 1Samuel 16.6 “Sucedeu que, entrando eles, viu a Eliabe e disse consigo: Certamente, está perante o SENHOR o seu ungido.”

Esse registro e o seu desfecho é instigante e ao mesmo tempo perturbador.

É Instigante pelo simples fato de que Deus sempre dirige a vida daqueles que de fato são seus servos e lhe são em tudo submissos. E ao mesmo tempo é perturbador, por que traz ao coração do servo o temor.

O verdadeiro servo de Deus tem o temor de nunca e jamais fazer de suas palavras à palavra de Deus, O servo verdadeiro jamais falará de suas próprias elucidações como sendo as de Deus.

O profeta quando é dirigido pelo seu próprio senso e percepção das realidades espirituais é certo que incorrerá em grandes erros ministeriais.

Abrindo breve parêntese no texto acima citado:

Devemos cuidar dos falsos profetas

Atualmente há um crescente contexto de pessoas que se autoproclamam autoridades espirituais

É possível que haja dentro desse grupo pessoas ingênuas, mas é certo que haja pessoas astutas e mal intencionadas.

Porque não é de agora que temos ouvido falar de pessoas, que se proclamam serem detentoras de títulos e habilidades dessa escola de profetas.

Havia uma advertência solene contra esse grupo de pessoas

Jeremias 23.32 “Eis que eu sou contra os que profetizam sonhos mentirosos, diz o SENHOR, e os contam, e com as suas mentiras e leviandades fazem errar o meu povo; pois eu não os enviei, nem lhes dei ordem; e também proveito nenhum trouxeram a este povo, diz o SENHOR.”

Deus é categórico ao dizer: “Sou contra esse grupo de pessoas

Deus é contra aqueles que promovem mentiras, falam mentiram, contam mentiras, profetizam mentiras, tudo o que eles fazem é vergonha.
Essas pessoas não pertencem a Deus, pelo contrário são cercadas de influências, pensamentos e propósitos falíveis e demoníacos.

Demoníacos porque falam mentiras e fazem o povo errar, quem é mentiroso se não o diabo, como Jesus falou: “Ele jamais se firmou na verdade” Ele é mentiroso e o “Pai da mentira”.

E o que são esses profetas se não filhos do diabo, filhos da mentira, filhos do erro, filhos da perdição. Porque é o diabo quem os inspira, dirige e governa, é ele que lhes fala ao coração.

Jeremias 23.31 “Eis que eu sou contra esses profetas, diz o SENHOR, que pregam a sua própria palavra e afirmam: Ele disse”.

Ainda há pessoas que insistem em assumindo formas e títulos que não foram estabelecidos nem pelo Senhor nem por sua Palavra.

Jeremias 23.26 “Até quando sucederá isso no coração dos profetas que proclamam mentiras, que proclamam só o engano do próprio coração?”.

Retomando o desfecho da história do profeta Samuel, podemos observar seu currículo ao longo dessa história, seu tempo de ministério, suas atribuições, sua experiência, seu conhecimento de Deus, suas prerrogativas e sensibilidades não lhe protegeram e nem lhe isentou de erros.

Será verdade que um profeta do porte de Samuel poderia errar no que diz respeito à vontade de Deus? Veja por si só:

1Samuel 16.6 “Sucedeu que, entrando eles, viu a Eliabe e disse consigo: Certamente, está perante o SENHOR o seu ungido.  Porém o SENHOR disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, porque o rejeitei; porque o SENHOR não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o SENHOR, o coração.

Podemos observar que até o profeta mais sensível e temente a Deus pode errar na sua conclusão quando este busca na sua própria percepção, firmar suas realidades acima daquelas que Deus estabelece.

A escolha do futuro rei de Israel seria algo pertinente ao próprio Deus, é Ele quem dirigiria o coração do profeta para ungir o futuro governante, mas Samuel mesmo com todo seu precedente, estava caminhando na direção errada.

É muito difícil pontuar quais eram os pensamentos e os critérios que Samuel estabeleceu para cogitar a Eliabe como o sucessor de Saul, podemos até especular, trazendo algumas comparações, mas o fato era que Deus e não o profeta iria estabelecer quem seria essa pessoa.

Não era o papel de profeta escolher o rei e sim o de Deus, o papel do profeta era apenas ungir o rei do qual Deus havia escolhido.

E essa relação entre Deus e o profeta é muito próxima, ao ponto de pessoas confundirem a escolha do profeta com a escolha de Deus.

O fato que tornava Samuel o profeta de Deus além dos registros bíblicos afirmar isso era a sua sensibilidade e submissão a Deus de abrir mão de seus pressupostos, de suas construções teológicas para atender apenas a voz de Deus, e foi exatamente esse o caminho feliz que o profeta Samuel trilhou

1 Samuel 16.8-11 “Então, chamou Jessé a Abinadabe e o fez passar diante de Samuel, o qual disse: Nem a este escolheu o SENHOR. Então, Jessé fez passar a Samá, porém Samuel disse: Tampouco a este escolheu o SENHOR. Assim, fez passar Jessé os seus sete filhos diante de Samuel; porém Samuel disse a Jessé: O SENHOR não escolheu estes. Perguntou Samuel a Jessé: Acabaram-se os teus filhos? Ele respondeu: Ainda falta o mais moço, que está apascentando as ovelhas. Disse, pois, Samuel a Jessé: Manda chamá-lo, pois não nos assentaremos à mesa sem que ele venha”.

Samuel mais uma vez foi usado pelo Senhor de uma forma surpreendente e maravilhosa, pois Deus o usou de forma plena.

Davi o rei de Israel foi ungido por Samuel ainda na sua juventude, graças a Deus por dirigir o coração do seu profeta e fazê-lo um instrumento útil para o cumprimento de sua vontade.

Podemos aprender com esse registro algumas lições precisões para aqueles que assumem liderança espiritual da igreja

1º – O líder espiritual é dirigido por Deus através da sua Palavra
2º – O líder espiritual deve agir com Temor diante de suas atribuições, pois ele o faz em nome do Senhor.
3º – O falso líder é identificado pelas suas mentiras e palavras camufladas
4º – Deus é contra os mentirosos e falam mentiras em nome do Senhor
5º – O verdadeiro líder espiritual, ele declina da sua vontade para fazer e cumprir a vontade do Senhor.


Pr. Mário Botão

…Da Fraqueza tiraram Força!


Leitura: Êxodo 4.10 “Então, disse Moisés ao SENHOR: Ah! Senhor! Eu nunca fui eloquente, nem outrora, nem depois que falaste a teu servo; pois sou pesado de boca e pesado de língua”.

Introdução

Que jornada intensa foi a de Moisés, desde a infância teve de lutar para sobreviver, começando com a perseguição atroz e cruel de um imperador sanguinário e amedrontado.

Ex 1.22 “Então, ordenou Faraó a todo o seu povo, dizendo: A todos os filhos que nascerem aos hebreus lançareis no Nilo, mas a todas as filhas deixareis viver”.

Mas com inteligência de uma sábia mãe e a esperteza de uma irmã protetora, Moisés mesmo adotado pela família imperial egípcia foi criado pela sua própria família.

Ex 2.7-8 “Então, disse sua irmã à filha de Faraó: Queres que eu vá chamar uma das hebreias que sirva de ama e te crie a criança? Respondeu-lhe a filha de Faraó: Vai. Saiu, pois, a moça e chamou a mãe do menino”.

Próximo aos 40 anos, Moisés surpreende um egípcio e deliberadamente o mata pra proteger um hebreu, que por sua vez foge amedrontado temendo uma retaliação por parte do Faraó e dirige-se ao deserto onde fica refugiado por muitos outros anos.

Certa ocasião quando Moisés estava pastoreando o rebanho de seu sogro próximo do monte Horebe, subitamente lhe apareceu O Anjo do Senhor que lhe falou acerca um comissionamento.

Deus mesmo lhe encarregou para lidera o povo hebreu escravizado para fora do Egito, numa viagem de três dias para cultuar à Deus no Monte Horebe.

Mas essa missão trazia algumas implicações, como: Convencer as autoridades de Israel da legitimidade da liberdade divina e Convencer as autoridades Egípcias da soberania da liberdade divina.

Porém essas implicações dentro de sua complexidade, ainda havia outra que se supera nas questões pessoas e privativas de Moisés.

Moisés diante de tal chamamento argumenta:

Êxodo 4.10 “Então, disse Moisés ao SENHOR: Ah! Senhor! Eu nunca fui eloquente, nem outrora, nem depois que falaste a teu servo; pois sou pesado de boca e pesado de língua”.

O maior obstáculo para Moisés era ele mesmo, ou seja, suas limitações, ou pelo menos as limitações que ele julgava ser um empecilho para a concretização de sua obediência a Deus.

Quantos de nós deixamos de obedecer a Deus no cumprimentos de tarefas já outorgada  pela carência de certas habilidades? Quantos de nós procrastinamos a realização de determinados atos diante de nossos percalços, impostas por nós mesmos? Quantos de nós liberalmente damos as costas para necessidades ministeriais devido ao fato de barreiras que não conseguimos superá-las?

O fato não está na “limitação” de Moisés e sim na sua “Recusa”!

Deus em nenhum momento contradiz a argumentação de Moisés, pelo contrário Deus mesmo reconhece que Moisés tinha “limitações”, mas o faz enxergar para o além das “limitações”…

É certo de que todos nós temos limitações pessoais, e até desvalorizamos nosso papel e desempenho dentro do corpo de Cristo que é a igreja por essas impressões.

Acho muito interessante a frase de Albert Einstein que disse “Deus não escolhe os capacitados, capacita os escolhidos”.

Paulo em sua fala aos Coríntios argumentou:

1Corintios 1.26-28 “Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento; pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes; e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são”

O povo de Deus sofre tanto, não devido as suas limitações, mas na falta de fé de que se Deus chamou, verdadeiramente Ele ps capacitará.

O próprio Paulo passou por essa experiência, é óbvio que ele era detentor de certos talentos formidáveis, porém sua compreensão de si mesmo, e suas desculpas e suas justificáveis, enfraqueciam seu desempenho.

Também é certo de que presunçosos e orgulhosos não tem vez no reino, afinal de conta disse Tiago:

Tiago 4:6 “Antes, ele dá maior graça; pelo que diz: Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes”.

Assim Moisés e Paulo passaram pela “Fornalha do Senhor” para lhes remover as imperfeições e qualificá-los para uma obra excelente.

No caso de Paulo, havia certo espinho na carne, que poderia ser interpretada com uma imperfeição física, do qual o incomodava. O registro biográfico de Paulo nos informa que Deus não remover aquele incomodo.

2 Coríntios 12.7-9 “E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte. Por causa disto, três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim. Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo.”

Mas Deus usou aquela “Imperfeição” para “lapidar” o caráter e o qualificar para sua obra.

Perceberemos que em todos os casos sem exceção, é a “Força do Senhor” que os capacitou na realização de qualquer que fosse a tarefa, vemos isso no caso de alguns personagens como Davi, Sansão e outros.

O escritor de hebreus colocou uma nota interessante ao falar sobre fé diante das limitações humanas
Hebreus 11:34 “Extinguiram a violência do fogo, escaparam ao fio da espada, da fraqueza tiraram força, fizeram-se poderosos em guerra, puseram em fuga exércitos de estrangeiros”.

Tudo isso nos mostra aquilo que Deus com seu poder pode fazer na vida do homem salvo, como disse Linda lee Johnson e Tom Fettke na musica “Sê forte

“Sê forte em Deus e sê corajoso. O teu Defensor sempre o mesmo será. Sobe com asas como as águias, Clama ao Senhor e a vitória, terás. Sê forte, forte, forte em Deus. E sê corajoso, pois teu guia é. Sê forte em Deus e exulta em louvor. E vitória terás no Senhor!”.

Muitos de nós temos argumentado ao Senhor lhe dizendo:

·         Ó Senhor… Nunca tive facilidade para falar…
·         Ó Senhor… Mande outro fazer essa tarefa…
·         Ó Senhor… Não consigo fazer isso bem…
·         Ó Senhor… Não tenho jeito pra isso…

Qual foi a resposta de Deus diante dessas argumentações:


Êxodo 4.11-12 “Respondeu-lhe o SENHOR: Quem fez a boca do homem? Ou quem faz o mudo, ou o surdo, ou o que vê, ou o cego? Não sou eu, o SENHOR? Vai, pois, agora, e eu serei com a tua boca e te ensinarei o que hás de falar”.

Nossas deficiências, incapacidades não são acidentais, fazem parte do plano de Deus, Ele as usa para Sua glória.

A maneira como Deus usa essas limitações não é de forma alguma as removendo e sim nos ajudando a superá-las e usá-los para seu propósito eterno.

Vemos a Força de Deus quando reconhecemos nossas fraquezas e permitimos que Ele nos capacite para fazermos grandes coisas.


Pr. Mário Botão

Felicidade inexplicável somente no Senhor



Leitura: Salmos 97.12 “Alegrai-vos no SENHOR, ó justos, e dai louvores ao seu santo nome”.

O Deus da bíblia é o Deus da felicidade, Ele é a Fonte da Alegria!
  • Mesmo que ainda estejamos debaixo do poder e a influencia do pecado e afetados por desejos e paixões carnais e;
  • Mesmo que ainda como forasteiros numa terra estranha e num mundo hostil onde o príncipe das trevas tem imperado.

O Senhor Deus tem coberto os seus com uma felicidade inexplicável, somente aqueles que vivem pela fé conseguem ver e identificar essa felicidade.

  • Felicidade tal que infelizmente muitos santos não conseguem ver e experimentar, mesmo aqueles que já entraram numa intimidade com o Senhor.
  • Vivem alheios a essa realidade prometida, exaustivamente mencionada nos escritos sagrados.

Mas é fato o Senhor tem derramado a alegria em nossos corações.

Qual é a razão para a felicidade? Quando é que somos verdadeiramente felizes? Quando que experimentamos isso que a bíblia chama de Alegria?
Nós mortais, entendemos alegria ou felicidade com base em benção ou conquistas materiais, assim sendo:
  • Se estivermos “Bem” conosco mesmo…
  • Se a vida ao nosso redor está caminhando sob o sol da “satisfação”…
  • Se as finanças e a saúde estão no controle…
  • Aí sim podemos categoricamente afirmar que somos felizes!

Mas tudo isso não passa de uma felicidade “Egoísta

Desejos momentâneos
Por traz de felicidades como essa há perigo
O perigo de obter resultados em vista ao meu bem estar
Tiago comentou:
Tiago 4.3 “Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres”.
Que prazeres são esses?
  • Se se não é essa manutenção demasiada da nossa vida.
  • Tudo desejo possuir!
  • Mas acabo não tenho nada…
  • E o que de fato tenho…
  • Não quero!

E construo uma vida de infelicidades, e acabo por infelicitar a vida dos outros. Porque simplesmente não tenho o que desejo. Sabe o que vai acabar acontecendo comigo, eu vou me tornar:

  • Ranzinza
  • Amargurado
  • Insatisfeitos
  • Rabugento
  • Zangado
  • Mal humorado
  • Descontente
  • Aborrecido

Devemos fugir desse modelo de vida, Porque a Palavra de Deus vai nos ensinar o seguinte:

Salmos 97.12 “Alegrai-vos no SENHOR, ó justos, e dai louvores ao seu santo nome”.
Deus norteia, direciona, encaminha o nosso coração no lugar certo, a alegria verdadeira está No Senhor.
Salmo 97.12 “Alegrei-vos no SENHOR”
Essa é a fala de Paulo, por exemplo, em Filipenses.
Filipenses 4:4 “Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos”.
Se desviarmos desse lugar, seremos os crentes mais infelizes que essa terra já hospedou
  • Sua alegria não está nas coisas!
  • Sua alegria não está em suas conquistas!
  • Sua alegria não está na resolução dos seus problemas!
  • Sua alegria não está no consumismo desenfreado!
  • Sua alegria não na prosperidade financeira!



Sua alegria está No SENHOR.

  • Para qualquer direção neste mundo que os nossos olhos venham mirar nós não encontramos nada que preencha esse vazio que torna a nossa alma

Essa pequenina preposição: No” Senhor, isso significa que Somente ELE pode trazer felicidade no seu coração

Por que Deus colocaria alegria em nossos corações? Qual seria a intenção do Senhor em se preocupar em nos fazer felizes? Porque Deus se daria ao trabalho para buscar a felicidade de seus súditos, mesmo aquele que insistem em viver longe?
Acredito que há uma mensagem que nos ajuda a responder  perguntas como essas!
A mensagem é a seguinte:
  • Deus coloca alegria em nossos corações: Porque ele é BOM
  • A intenção do Senhor em se preocupar conosco: Porque ele é BOM
  • Deus se daria ao trabalho para buscar a felicidade de seus súditos: Porque ele é bom

Pelo menos é essa a mensagem do Salmista

Salmos 107:1 “Rendei graças ao SENHOR, porque ele é bom, e a sua misericórdia dura para sempre”.
Salmos 118:1 “Rendei graças ao SENHOR, porque ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre”.  
Salmos 118:29 “Rendei graças ao SENHOR, porque ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre”.
Salmos 136:1 “Rendei graças ao SENHOR, porque ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre”.
Com isso em mente devemos DAR GRAÇAS A DEUS, porque a nossa ALEGRIA está NO SENHOR, e o SENHOR TEM PRAZER EM NOS FAZER FELIZES.
Pr. Mário Botão

A Destruição do Veneno da Víbora

Leitura: Colossenses 2.15 “Despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz”.
Áudio:
Quão peçonhenta foi a emboscada da serpente, como ingênua e estúpida foi à mulher diante do embuste da víbora.
Gênesis 3.13 “A serpente me enganou”.
Para a infelicidade da raça humana, o homem aceitou o fruto sem questionar, com toda simplicidade, confia naquela que engenhosamente ainda estava à expectativa de um conhecimento sobrenatural.
1 Timóteo 2:14 “E Adão não foi iludido, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão.”
Esse ambicioso e envenenado desejo introduziu em toda raça humana um estado decadente, uma natureza corrupta e uma condenação eterna, mas os efeitos desse desastre não afetou apenas a raça humana, mas também o Diabo que estava por detrás de toda confusão.
Deus sentencia a derrota do Diabo, profetizando o trinfo do descendente da mulher o redentor da raça humana:
Gênesis 3:15 “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.”
É excitante observar a primeira profecia bíblica que demonstra a justiça divina diante da iniquidade. Deus não fez vista grossa e nem deu de ombro a realidade explicita que o pecado maculou sua Santidade, afinal de contas Deus é Santo e exige Santidade e essa Santidade na sua Justiça está sendo vindicada.
Essa profecia fala diretamente sobre a derrota de Satanás diante de um descendente da mulher, obviamente o texto está se referido a Jesus e o seu triunfo sobre líder das hostes espirituais do mal.
Observando essa profecia desejo fazer algumas pontuações com base em algumas indagações.

Algumas perguntas nos vêm à mente, por exemplo: Qual o significado de calcanhar? Esse ferimento qual sua proporção? Quem é o descendente e Como chegar a essa conclusão? Qual é efeito da pisada na cabeça da víbora?
1º – Segundo a profecia messiânica de Salmo 41.9 por traz da figura “Calcanhar” tem uma ação capciosa e traiçoeira daquele que feriria o redentor.
Salmos 41:9 “Até o meu amigo íntimo, em quem eu confiava que comia do meu pão, levantou contra mim o calcanhar”.
A relação entre o “Calcanhar” e a atitude de “Trair”, também foi aludida noutro texto como do evangelho de João.
João 13.18 “Não falo a respeito de todos vós, pois eu conheço aqueles que escolhi; é, antes, para que se cumpra a Escritura: Aquele que come do meu pão levantou contra mim seu calcanhar”.
É muito elucidativo notar a expressão “Calcanhar” na literatura Hebraica, a origem dessa palavra está num verbo que traz alguns sentidos são eles:
Suplantar, lograr, pegar pelo calcanhar, seguir no encalço de, atacar traiçoeiramente e burlar.
Tendo em vista a maneira como a palavra “Calcanhar” foi usada no registro bíblico atrelando a um ato “Traiçoeiro” o seu sentido etimológico, podemos concluir que o texto de João 13.18 é o sentido literal do cumprimento da profecia de Salmo 41.9.
2º – Cabe-nos agora a fazer leitura de sua extensão, ou seja, até que ponto essa “Agressão” feriu o descendente?
Assumindo que o “Calcanhar” está associado ao ato de Judas “Trair” Jesus, onde ele revelaria o local do qual Jesus se encontrava como foi registrado na conversa com os líderes religiosos.
Mateus 26.14-16 “Então, um dos doze, chamado Judas Iscariotes, indo ter com os principais sacerdotes, propôs: Que me quereis dar, e eu vo-lo entregarei? E pagaram-lhe trinta moedas de prata. E, desse momento em diante, buscava ele uma boa ocasião para o entregar”.
Presumimos que a proporção foi àquela prevista pelo profeta Isaias:
Isaías 53:7 “Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca”.
Podemos dizer que foi a “Traição que levou Jesus ao matadouro”, como foi dolorosa essa traição, ao ponto da bíblia Sagrada dizer:
Mateus 26.24 “Ai daquele por intermédio de quem o Filho do Homem está sendo traído! Melhor lhe fora não haver nascido!”.
Podemos perfeitamente concluir que essa ferida no calcanhar além de ser executada por um ato deliberado de Judas foi motivada pelo demônio.
João 13.2 “Durante a ceia, tendo já o diabo posto no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, que traísse a Jesus”.
Assim toda trama revelava uma corja de assassinos, onde um inocente foi traído duplamente.
3º – A profecia tem um duplo cumprimento, a segunda parte da profecia está atrelada ao fato da destruição assegurada de Satanás.
Gênesis 3:15 “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.”
Essa ferida na cabeça da serpente será fatal! Foi exatamente isso que concluir o apóstolo Paulo ao se referir em Colossenses
Colossenses 2.15 “triunfando deles na cruz”.
A cabeça pressupõe liderança e poder, esmagando a cabeça da serpente o seu poder sobre a morte seria enfraquecido.
Infelizmente para muitos meninos na fé, essa expressão ganhou uma dimensão mística na prática litúrgica do culto cristão, promovido por algumas igrejas que insiste em “Pisar na cabeça da serpente”, como se expressões motoras desenfreadas e artísticas detivesse algum poder sobre o demônio, quando não, algumas outras transferiam esse ato a outros personagens deificados como, por exemplo, a Maria que pisa á cabeça da serpente em algumas esculturas que corporificam a crença nessa tolice.
Quem é o único que teve o poder de desarticular e despojar todo o poder do império das trevas sobre a morte, se não é o Filho de Deus conforte foi registrado pelo apóstolo Paulo.
Note o contexto:
Colossenses 2.13-15 “E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos; tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu- o inteiramente, encravando-o na cruz; e, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz.
A obra vicária de Cristo na cruz, não apenas vindicou a Justiça de Deus outrora Maculada, como propícia aos homens redenção pela fé, como também desarticulou completamente o poder que Satanás detinha sobre a morte.
A crucificação de Cristo levando a culpa da humanidade tornou a ineficaz o poder da morte introduzido pela Víbora, assim seu veneno foi completamente destruído.
Resta-nos agora aguardar a execução condenação de Satanás, seu poder sobre a morte foi desarticulado, pela Morte e Ressurreição de Cristo, mas existe essa promessa onde Deus esmagará Satanás por completo.
Romanos 16.20 “E o Deus da paz, em breve, esmagará debaixo dos vossos pés a Satanás. A graça de nosso Senhor Jesus seja convosco”.
                  
Louvamos a Deus por ele é Justo e seus juízos eternamente justos.
Pr. Mário Botão

Momentos com o meu Pastor

Leitura: Salmo 23.1-6 “O SENHOR é o meu pastor; nada me faltará. Ele me faz repousar em pastos verdejantes. Leva-me para junto das águas de descanso; refrigera-me a alma. Guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome. Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam. Preparas-me uma mesa na presença dos meus adversários, unges-me a cabeça com óleo; o meu cálice transborda. Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na Casa do SENHOR para todo o sempre”.
Áudio:
Segundo a tradição judaica, Davi teria escrito este salmo quando estava cercado por uma tropa do rei inimigo. Foi num momento de angustia que Davi compõe este salmo que expressa sua confiança na proteção de Deus, pois o Senhor o livrará de seus perseguidores.
David era o irmão mais novo, entre os numerosos filhos de Jessé, ele exercia atividades pastorais, segundo o relato bíblico do livro do profeta Samuel, quando revolvido pelo senso de proteção matava as feras para defender as ovelhas do seu rebanho. Possivelmente é dessas experiências que Davi extrai referência pastoril em “O Senhor é meu pastor e nada me faltara“.
1 Samuel 17.34-36 “Teu servo apascentava as ovelhas de seu pai; quando veio um leão ou um urso e tomou um cordeiro do rebanho, eu saí após ele, e o feri, e livrei o cordeiro da sua boca; levantando-se ele contra mim, agarrei-o pela barba, e o feri, e o matei. O teu servo matou tanto o leão como o urso;”
A poesia de Davi traz consigo uma estrutura simples e comum de suas experiências pastorais, trazendo uma figura real daquilo que Deus faz na vida do homem salvo.
Davi tinha plena confiança que Deus supriria todas as suas necessidades, sejam elas temporárias ou eternas, físicas ou emocionais, materiais ou espirituais, é exatamente dessa compreensão que surge a frase “O Senhor é o meu pastor e nada me faltará”.
Davi vai descrever pelo menos três momentos onde vemos a busca do pastor pela sua ovelha
No primeiro momento vemos um lugar sereno e tranquilo
Salmo 23.2-3 “Ele me faz repousar em pastos verdejantes. Leva-me para junto das águas de descanso; refrigera-me a alma. Guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome”.
A razão dessa tranquilidade está no fato que a ovelha está no lugar certo, sob os cuidados da pessoa certa.
Oh, como é bom estar na presença do Senhor! E desfrutar das delícias de sua provisão e proteção.
Vemos a expressão por repetidas às vezes de:
Ele me faz…
Ele me leva…
Ele me refrigera…
Ele me guia…
Somente o bom pastor é capaz de produz isso na vida de suas ovelhas, que nos seres humanos somos incapazes de conseguir buscando neste mundo.
O salmista descreve tudo aquilo que uma ovelha precisa para o seu bem estar, afinal de contas ele nos conhece, e sabe antes mesmo de pedirmos.
Note a grande daquilo que ele nos proporciona quando estamos debaixo da sua proteção e provisão:
Pastos verdejantes
Águas tranquilas
Refrigério para alma
Caminhos de justiça e amor
Todas essas expressões reforça a tese de que Deus dá “vida” para as ovelhas.
Para qualquer direção que elevemos nos olhos, nós não encontramos nada que mate essa fome, sacie essa cede, acalme nossa alma e nos dê esse sendo de que estamos no caminho certo, exceto quando o Senhor nos leva a esses momentos tranquilos e seremos.
   
No segundo momento vemos um lugar perigoso e selvagem
Salmo 23.4-5 “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam. Preparas-me uma mesa na presença dos meus adversários, unges-me a cabeça com óleo; o meu cálice transborda”.
Mas para a nossa infelicidade, muitas vezes decidimos o mal para nós mesmo, deixando de desfrutar e tomar da fonte da água viva para nos embebecermos de água lamacenta e comermos coisas perniciosas, isso nos assalta a alegria e nos vemos em caminhos tortuosos.
Exatamente o contrário daquilo que Deus deseja á nós, podemos perceber uma mudança gramatical na proposta de Davi, expressando uma mudança não somente geográfica, mas, de estado de espírito.
Observe, até então era o Senhor que me levava, agora “Sou eu mesmo que me levo”. Desventurados somos nós, em deixamos a fonte inesgotável para passarmos fome e cede, é incrível onde nossos pés podem nos levar…
“Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte”
Oh quão sombrio e tenebroso é o vale que atenta pela minha vida, Oh quão cruel são as minhas decisões carnais!
Poderíamos arrazoar que nesses momentos estamos por conta própria, mas graças a Deus que a “Bondade e misericórdias do Senhor nos acompanham”, Porque sem elas estaria todos arruinados e destinados a miséria.
Note que sublime é a ação pessoal do pastor na vida de suas ovelhas, a pobre infeliz que se encontra numa iminente destruição, é surpreendida pela visão mais apaixonada e familiar que poderia esperar.
“O teu bordão e o teu cajado me consolam”
A presença do pastor se fez tangível e experimentável no vale sombrio através de seu instrumento pastoral
O Bordão usado para enfrentar e afugentar animais selvagens e o Cajado: usado para puxar as pernas das ovelhas quando se prendem ou içá-las quando caem.
Oh que maravilha é essa imagem! Que segurança, mesmo no vale da sombra da morte.
Sabendo que o pastor ainda nos reserva muito mais, quando por ele somos resgados porque “Ele veio ao meu encontro”.
Ele nos achou, ele não desistiu, ele foi atrás…
Lucas 15.4-7 “Qual, dentre vós, é o homem que, possuindo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove e vai em busca da que se perdeu, até encontrá-la? Achando-a, põe-na sobre os ombros, cheio de júbilo. E, indo para casa, reúne os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida. Digo-vos que, assim, haverá maior júbilo no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.
Louvado seja Deus, pela insistência do bom pastor na vida de suas ovelhas, como isso nos consola!
Assim sendo, o bordão e o cajado do pastor quando aplicado em nós e a favor de nós é certo que nos traz consolo, isto é paz de espírito.
No terceiro momento vemos um lugar eterno de felicidade perpétuo
Salmo 23.6 “Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na Casa do SENHOR para todo o sempre”.
É muito feliz o homem que tem o Senhor como o seu pastor!
Além de ter a plena certeza de que ele nunca faltará conosco, pelo contrário supre de tudo a fim de que “Nada falará”,
O homem salvo têm promessas perpetua “Habitando na casa do Senhor para todo o sempre
Nossas necessidades são se resumem a momentos temporais e transitórios, pelo contrário temos necessidades eternas.
O que é pior comparado a uma eternidade sem Deus, se não é a descrição de uma vale sombrio em proporções eternas?
Por isso devemos nos valer das admoestações divinas e principalmente não supor que todo homem já o conhece, mas exorta-los para um encontro pessoal.
João 10.11-12 “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas. O mercenário, que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, vê vir o lobo, abandona as ovelhas e foge; então, o lobo as arrebata e dispersa”

É muito perigoso viver a espreita de acontecimentos como o “Arrebatar e o dispersar”, causado pelo mercenário e pelo lobo, pois são acontecimentos que às vezes não tem volta, por isso é muito mais sensato e seguro garantir que você já ouviu a voz do bom pastor e está debaixo de sua proteção.
Essa proteção de acordo com o salmista tem valor eterno!

Pr. Mário Botão

Vos Prostrai

Vos Prostrai” é o título do Hino de Louvor II, nº 11 
Musica de Ron Hamilton e Cheryl Reid

As musicas que tenho postado não tem como objetivo mostrar minhas aptidões vocais, mas quero expressar o quanto tenho me esforçado para fazer o melhor à Deus, acredito que todo e qualquer crente gostaria de usar a musica da melhor forma para Louvar a Deus, afinal de contas Ele é digno e também esse tem sido o meu desejo.


Face a Face com o Inimigo

Leitura: Mateus 4.1-11
Hebreus nos informa que Jesus na qualidade de sumo-sacerdote pode nos socorrer quando somos tentados, porque ele mesmo foi tentado.
Hebreus 4.15 “Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado”.
Assim sendo Jesus foi tentando “em todas as coisas
Esse fato começa a se desenrolar logo após o seu batismo, que principia o seu ministério, nessa ocasião ele recebe a legitimidade de sua missão, na publicitação de Deus o Pai e do Espírito Santo.
Mateus 3.16-17 “Batizado Jesus, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba, vindo sobre ele. E eis uma voz dos céus, que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo”.
É muito enriquecedora a descoberta que Jesus teve a autorização do Pai e a direção do Espírito Santo durante sua jornada e que em todos os momentos lhe foi submisso.
Quero sublinhar a frase “O Espírito de Deus descendo como pomba, vindo sobre ele”, esse evento único no registro do Filho encarnado é a expressão mais fidedigna de Jesus era cheio do Espírito Santo, e esse fato corrobora para de que saibamos da importância de submetermos ao Espírito Santo quando por ele somos habitados.
E o mesmo “Espírito” o levou ao deserto para ser “Tentado pelo diabo”.
Qual o valor desta magnifica vitória sobre a ardilosa, simples provocação do diabo? Quais as implicações desse evento? O que podemos fazer para obtermos vitória em vista a postura de Cristo diante do tentador?
É muito interessante notar a pressão do homem Jesus foi submetido para compreendermos a esperança que temos nele e vitória que podemos obter como ele.
A tentação de Satanás seguido uma sequencia lógica tanto simples como ardilosa partindo da necessidade para a ambição humana.
A postura de Jesus diante da manifestação do seu oponente foi segura e constante, em todo o momento, independente do nível e profundidade da tentação, sua postura foi estratégica e convicta.
Qual seria essa postura? Quais atitudes Cristo previamente decidida, Jesus se utilizou para se manter puro diante do seu opositor?
Avaliando brevemente a estratégia do diabo, veremos uma progressão inteligente do diabo e uma postura constante e equilibrada de Jesus.
O diabo se utiliza de circunstâncias do momento para que Jesus ouça sua “Palavra” e faça uso indevido de suas prerrogativas
Mateus 4.2-3 “E, depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome. Então, o tentador, aproximando-se, lhe disse: Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães”.
Qualquer que seja a palavra na boca do Diabo deve ser bradada, jamais acatada. Jesus ouviu atentamente, era ciente das suas necessidades básicas, compreendia que seu corpo carecia de recursos naturais.
Foi Deus quem criou os alimentos, todas as variações e espécies de hortaliças e frutos, a erva verde dada para manutenção da vida, o corpo humano precisa de comida, o corpo humano tem fome.
A circunstância do qual Jesus se submetia pressuporia que uma simples e engenhosa tentação o faria atender a voz do diabo.
Mas não foi isso que aconteceu e jamais aconteceria, o diabo não estava preocupado com a integridade física de Jesus e nem se movia de compaixão, pelo contrário ele queria destruir o propósito pelo qual Deus o enviou.
Qual seria o segredo de Jesus? Como ele conseguiu vencer essa primeira prova? O que ele fez?
Como anteriormente nos referimos sua postura foi norteada por segurança e equilíbrio. Jesus na dependência do Espírito Santo fez uso de sua melhor arma, a “Espada do Espírito” que é Palavra de Deus, assim sendo Jesus permanece “O Santo” mesmo diante do “Profano”.
Mateus 4.4 “Jesus, porém, respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus”.
Jesus recorre as Escrituras, pois as conhecia, estava visivelmente em sua mente, ele não buscou justificativa, mas no seu registro de memória estava a “Palavra de Deus”.
Foi no livro de Deuteronômio que Jesus buscou a resposta que Satanás deveria ouvir que mostraria ao diabo que não seria sua engenhosa e simples tentação que faria com que o Filho de Deus pecasse.
Deuteronômio 8:3 “Ele te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não conhecias, nem teus pais o conheciam, para te dar a entender que não só de pão viverá o homem, mas de tudo o que procede da boca do SENHOR viverá o homem”.
Foi a “Palavra de Deus” que sustentou os judeus nos 40 anos de peregrinação, não foi nenhuma estratégia humana.
Quando estamos na dependência do Espírito Santo, a melhor defesa é a Espada do Espírito.
        
O diabo insiste e agora se utiliza de manipulação convencer a Jesus de que ele sabe como interpretar e aplicar a Palavra de Deus
Mateus 4.5-6 “Então, o diabo o levou à Cidade Santa, colocou-o sobre o pináculo do templo e lhe disse: Se és Filho de Deus, atira-te abaixo, porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem; e: Eles te susterão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra.”
A Palavra de Deus na boca do diabo torna-se palavra do diabo
Jesus sabia exatamente o que o Espírito Santo escreveu através dos homens, ele não precisa de que o diabo interpretasse e aplicasse a Palavra de Deus.
Na realidade a “Palavra de Deus” que liberta e transforma na boca do diabo amaldiçoa e escraviza.
O Diabo tem conseguido ludibriar muitos homens dando interpretações e aplicações absurdas, e os homens estão se apostatando com a Palavra de Deus, ou melhor, a Palavra do Diabo.
Por isso que Jesus anos mais tarde, ao confrontar os religiosos que possivelmente estavam sedo enganados pelo Diabo, disse:
Mateus 22.29 “Respondeu-lhes Jesus: Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus”.
Jesus em seu ministério terreno passou boa parte do seu tempo, além de apregoar as boas novas e curar as moléstias. ele passou a corrigir a compreensão popular da Palavra de Deus, pois muito havia se desviado.
Aliás, ele passou a dizer insistentemente:
João 10.27 “As minhas ovelhas ouvem a minha voz”
Se a ovelha bem treinada pelo Pastor não ouve o ladrão ou o mercenário, seria um tremendo equivoco de o diabo presumir que o “Pastor” a ouviria.
O diabo além de tolo foi estúpido pressupor que levaria o autor das Escrituras não saberia interpretar a Palavra que ele mesmo inspirou.
Jesus respondeu de forma segura e equilibrada na dependência do Espírito Santo usando “Espada do Espírito” que é Palavra de Deus
Mateus 4.7 “Respondeu-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus.”
Fazer uso indevido das Escrituras fora do seu propósito é atrair maldição, o Diabo queria que Jesus tentasse Deus o Pai.
Como se Jesus dissesse: Atreveria eu manipular, perverter, adulterar, corromper e falsificar as Escrituras para uma situação que você (diabo) tem criado, me forçando a atender a sua voz que é a de um “Impostor, cínico” e que não cogita as coisas de Deus?
Não vou tentar o Senhor meu Deus manipulado suas Palavras e dizer coisas que Deus jamais disse.
Ele nunca disse o que você diz que ele faria você fez isso com Eva, você falou algo que Deus não falou, e isso é “Tentar o Senhor teu Deus” é “Falar o que Deus não falou”.
O diabo nessa última investida desse episódio apela para o propósito messiânico de estabelecer um reino e ele tenta facilitar as coisas para Jesus
Mateus 4.8-9 “Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles e lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares”.
Desde os momentos que precediam sua queda, naquela ocasião em que seu coração se perdia no propósito de se igualar a Deus, aquela doentia ambição de ser semelhante a Deus e receber adoração foi a base dessa tentação
Será que Jesus se deixaria vencer por uma proposta tão chula? Será que o diabo foi ingênuo ao ponto de supor que o Filho trairia o Pai?
O diabo tem obtido vitórias na vida de muitas pessoas, que em troca de glória e poder eles se prostram ao império das trevas, e de fato muitas pessoas abertamente firmam pacto com os demônios.
Mas Jesus em tudo submetia a Pai, e Deus Pai já lhe havia dito:
Mateus 3:17 “E eis uma voz dos céus, que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.”
A resposta de Jesus segue o equilibro e a convicção de alguém que estava sob o domínio do Espírito Santo e usava a Espada do espírito
Mateus 4.10 “Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto”.
Grande Maravilha é ouvir essas sábias Palavras que nos admoestam a vivem um vida na dependência do Espírito Santo, Jesus se esvaziou, deixando de usar suas prerrogativas divinas, poderia usa-las no momento em que desejasse, mas decidiu submeter à direção do Espírito Santo que fielmente o dirigiu nessa tão sublime e gloriosa missão,
Retira-te Satanás”, como se Jesus tivesse dito:
  • Basta!
  • Chega!
  • Você está passando dos limites!
  • Você perdeu completamente a noção da figura insignificante que tem se tornado!
  • Você tem sido patético!
E Jesus proclama a maior verdade embutida na relação entre o Criador e a criatura, como João observou:
Apocalipse 4.11 “Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas”.
Devemo-nos lembrar de somente o Senhor o nosso Deus é digno de receber adoração, nenhuma criatura pode vindicar esse privilégio, porque é de direito inerente apenas ao Criador, na realidade o Diabo deveria se prostrar perante o rei da glória que ali estava, mas foi envergonhado pelas palavras do Criador e se retirou rapidamente, pois não lhe restava exceto a vergonha.
Por isso foi feliz o escritor de Hebreus que dirigido pelo Espírito Santo disse:
Hebreus 4.14-16 “Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que penetrou os céus, conservemos firmes a nossa confissão. Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado.  Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna.”
Assim sendo concluímos que:

  • Jesus na posição de sumo-sacerdote pode nos socorrer quando estamos fraquejando diante da pressão do inimigo e verdadeiramente nos defender. 
  • Aprendemos com a vida de Jesus que nós temos condições de obter resistência contra as investidas do diabo.
  • O que percebemos na tentação do deserto é que Jesus em cada uma das propostas do diabo, ele se mostrou convicto e seguro, pois estava debaixo da Orientação do Espírito Santo e pronto e preparado a usar a Espada do Espírito.
Que tenhamos consciência dessa batalha Espiritual que todos nós, salvos por Cristo Jesus estávamos travando e que a graça do altíssimo nos cubra.
Dedico esse devocional a minha esposa que me despertou para escrever esse devocional em vista o seu ensino com as crianças sobre a Tentação de Cristo
Pr. Mário Botão

Uma Lição de Abelha

Leitura: Salmos 119:46 “Também falarei dos teus testemunhos na presença dos reis e não me envergonharei”.
Áudio:
Essa expressão de salmo expressa àquilo que há de mais valioso na vida do homem salvo que é testemunhar dos grandes feitos do Senhor, sem medo e sem constrangimento.
Certo homem colocou uma caixa com mel para alimentar algumas abelhas que tinham uma colmeia. Então ele capturou uma abelha com um copo e colocou dentro da caixa com o mel, até que ela descobrisse o tesouro, depois de algum tempo ele soltou a abelha e esperou por alguns instantes, para sua surpresa a experiência deu certo, ela voltou, porém não veio sozinha, ela trouxe dezenas de outras abelhas e no final elas levaram todo o mel para dentro da colmeia.
O que essa história representa pra você? Quais lições vocês consegue extrair? Como isso pode se aplicar na sua vida? Será que estamos testemunhando para os outros sobre o grande tesouro que encontramos em Cristo?
Jesus nos incumbiu de proclamarmos as boas novas, e essa Palavra em nossos lábios se compara ao mel alegorizado pelo salmista.
        
Salmos 119:103 “Quão doces são as tuas palavras ao meu paladar! Mais que o mel à minha boca”.
Haveríamos de ser menos atencioso do que as abelhas? As Escrituras nos trazem alguns exemplos de pessoas que aprenderam a Lição das abelhas
O primeiro exemplo é de um jovem que foi livrado do poder do demônio e expressou ter o desejo de acompanhar á Jesus, mas o Senhor não o permitiu, mas o comissionou para que ele levasse a mensagem aos outros…
Marcos 5.18-20 “Ao entrar Jesus no barco, suplicava-lhe o que fora endemoninhado que o deixasse estar com ele. Jesus, porém, não lho permitiu, mas ordenou-lhe: Vai para tua casa, para os teus. Anuncia-lhes tudo o que o Senhor te fez e como teve compaixão de ti. Então, ele foi e começou a proclamar em Decápolis tudo o que Jesus lhe fizera; e todos se admiravam”.
Esse jovem se mostrou obediente à ordem de Jesus, como também se mostrou muito competente ao ponto de outras pessoas o admirarem.
Outro exemplo que expressa essa “Lição da Abelha”, foi de uma mulher adúltera que foi surpreendida por Cristo, depois de confrontá-la Jesus ordenou que ela fosse chamar seu marido, mas ela não se conteve e fez muito mais
João 4.28-30 “Quanto à mulher, deixou o seu cântaro, foi à cidade e disse àqueles homens: Vinde comigo e vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito. Será este, porventura, o Cristo?! Saíram, pois, da cidade e vieram ter com ele”.
Essa mulher teve no mínimo uma reação de alguém que encontrou o Senhor, e isso fez com que ela não apenas chamasse seu esposo, como também chamou a todos que ela encontrou. O resultado da atitude da mulher foi uma contribuição significativa na salvação de muitos samaritanos.
Note como é importante a ação de pessoas com a responsabilidade de testemunhar, mesmo aqueles que imaginamos que nunca iriam receber a vida eterna por causa da sua nacionalidade ou do seu histórico de vida, são exatamente essas que Senhor tem operado e transformado.
João 4.39-41 “Muitos samaritanos daquela cidade creram nele, em virtude do testemunho da mulher, que anunciara: Ele me disse tudo quanto tenho feito. Vindo, pois, os samaritanos ter com Jesus, pediam-lhe que permanecesse com eles; e ficou ali dois dias. Muitos outros creram nele, por causa da sua palavra”;
O texto é muito encorajador ao dizer “Muitos samaritanos daquela cidade creram nele, em virtude do testemunho da mulher, que anunciara”.
Como é significativa a obediência daqueles que levam à mensagem das boas novas as pessoas! Como é valioso esse trabalho! Como é nobre anunciar o evangelho aos perdidos…
Porém muitos estão longe do Senhor nesse propósito, e muitos não percebem que é um tremendo privilégio levar a mensagem aos perdidos, privilégio tal que até os anjos ansiavam…
1 Pedro 1:12  A eles foi revelado que, não para si mesmos, mas para vós outros, ministravam as coisas que, agora, vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito Santo enviado do céu, vos pregaram o evangelho, coisas essas que anjos anelam perscrutar.
Estaremos vivendo corretamente se não falarmos do amor de Deus? Estaremos agindo correto se calarmos diante das pessoas? Estaria Deus contente conosco quando nossa vida não reflete um testemunho fiel aos perdidos?
Precisamos compreender com muita atenção, se as pessoas não ouvirem o evangelho, não poderão crer, e se não crerem jamais serão salvas. Foi exatamente essa a observação do apóstolo:
Romanos 10.14 “Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?”
Calvino declarou:
Nada é mais solicitamente intentado por satanás do que impregnar nossas mentes, ou com dúvidas, ou com menosprezo pelo Evangelho”.
Podemos extrair várias lições para a nossa vida:
·        Falar do Evangelho as pessoas sedenta de Cristo!
·        Procurar alguém para falar daquilo que o Senhor fez na sua vida!
·        Compartilhar o Evangelho mesmo com aqueles que você não tem simpatia
·        Criar oportunidades para que pessoas ouçam do evangelho

Extraído e Adaptado do Nosso pão diário

Sofrendo as consequências por fazer o que é certo


Leitura: Gn 39.17-20 “Então, lhe falou, segundo as mesmas palavras, e disse: O servo hebreu, que nos trouxeste, veio ter comigo para insultar-me; quando, porém, levantei a voz e gritei, ele, deixando as vestes ao meu lado, fugiu para fora. Tendo o senhor ouvido as palavras de sua mulher, como lhe tinha dito: Desta maneira me fez o teu servo; então, se lhe acendeu a ira. E o senhor de José o tomou e o lançou no cárcere, no lugar onde os presos do rei estavam encarcerados; ali ficou ele na prisão”.
Áudio:
A história de José tem inspirado muitos homens e mulheres para uma vida consagrada, tendo em vista a vitória que ele obteve quando foi atraído por uma mulher adultera.
Fazendo uma breve análise de toda situação perceberemos algumas realidades presentes no nosso viver diário
1º Sendo um administrador competente sofreu
Depois de passar 17 anos com seu pai, desfrutando de privilégios foi surpreendido por uma inveja consumada de seus irmãos e foi vendido como escravo a mercadores ismaelitas, esse por sua vez o vendeu para o comandante da guarda Egípcia Potifar.
Na casa de Potifar, José é colocado na função de administrador de todos os bens, Potifar não tinha nenhuma preocupação, exceto sua própria alimentação.
Essa posição proeminente como escravo foi mérito conquistado por José, sua vida piedosa precedeu sua competência.
Gn 39.3-4 “Vendo Potifar que o SENHOR era com ele e que tudo o que ele fazia o SENHOR prosperava em suas mãos, logrou José mercê perante ele, a quem servia; e ele o pôs por mordomo de sua casa e lhe passou às mãos tudo o que tinha”.
Que caminho feliz esse o de José, mesmo passando um drama com tudo aquilo que tinha acontecido em sua vida, ele não se deu por vencido, fez o seu melhor quando uma oportunidade lhe apareceu.
É de tremenda importância ressaltar a frase “O Senhor era com ele”, que indica uma intimidade entre o Senhor e José, podemos concluir que tudo aquilo que José estava se tornando, um homem que estava se formando teve por influência direta a ação de Deus em sua vida.
E essa característica evidenciada na vida de José foi detectada por Potifar, do qual lhe conferiu “Tudo” o que possuía nas mãos de José.
É triste, mas é fato, infelizmente muitas pessoas que se intitula cristã e que professam uma fé evangélica e frequenta uma igreja, sua vida, seu empenho, seu compromisso, sua lealdade com o patrão é vergonhoso, muitas atitudes de funcionários é desonesto, muitos trabalhadores contratados não honram o nome que tem, e por isso trazer escândalo ao nome de cristão.
A competência e a responsabilidade de José foram evidenciadas em sua defesa diante da mulher de Potifar
Gênesis 39.8 “Ele, porém, recusou e disse à mulher do seu senhor: Tem-me por mordomo o meu senhor e não sabe do que há em casa, pois tudo o que tem me passou ele às minhas mãos”.
José era ciente da sua responsabilidade, o fato dele ser responsável por tudo não o autorizava a tomar qualquer coisa que não fosse dele. Porém em muitos casos na relação entre patrão e empregado há uma tremenda deslealdade.
Funcionário roubando tempo, chegando atrasado, saindo mais cedo, fazendo corpo mole nas atividades, enrolando, se ocupando em outras coisas corriqueiras e deixando de fazer aquilo pelo qual foi contratado.
Também temos funcionários roubando pertences, furtando, levando na mão grande, coisas e utilidades que não são dele, usando de forma indevida água, luz, telefone e muitas outras coisas.
Precisamos demonstrar lealdade naquilo que nos comprometemos, independentemente da atitude de outros funcionários e patrão.
Deus era com José, e isso era evidenciado na maneira como José lidava com suas responsabilidades.
2º Sendo um crente fiel também sofreu
Hoje em dia é muito comum vermos alguém se aproveitando da posição e tentando seduzir sexualmente alguém, mas essa pratica é muito antiga, talvez se acontecesse em nossos dias uma ação criminal poderia ser movida contra essa mulher.
Segundo relatos antigos as mulheres egípcias são apresentadas como frívolas e infiéis em seus compromissos matrimonias.
E foi exatamente isso que aconteceu, essa mulher estava seduzindo José para um adultério.
Gênesis 39.7 “Aconteceu, depois destas coisas, que a mulher de seu senhor pôs os olhos em José e lhe disse: Deita-te comigo”.
José era um rapaz atraente fisicamente e isso despertou nessa mulher interesses indecentes, podemos até cogitar a possibilidade de que José não foi primeiro do qual ela buscou se apoderar.
Tanto os rapazes quanto as moças devem tomar muito cuidado com esse tipo de pessoas, pois são pessoas perversas, como disse Salomão:
Provérbios 7.6-8 “guarde-te da mulher alheia, da estranha que lisonjeia com palavras. Porque da janela da minha casa, por minhas grades, olhando eu, vi entre os simples, descobri entre os jovens um que era carecente de juízo, que ia e vinha pela rua junto à esquina da mulher estranha e seguia o caminho da sua casa, à tarde do dia, no crepúsculo, na escuridão da noite, nas trevas. Eis que a mulher lhe sai ao encontro, com vestes de prostituta e astuta de coração. É apaixonada e inquieta, cujos pés não param em casa; ora está nas ruas, ora, nas praças, espreitando por todos os cantos”.
Salomão nesse texto descreve que pessoas que aceitam a convites como esses são carentes de juízo, ou seja, pessoas que não tem a capacidade de julgar as consequências e prejuízos e tomam decisões apenas pelo momento ou pelo prazer.
Muitos rapazes e muitas moças, homens e mulheres se deixam enamorar por companheiras de trabalho, escola, vizinhos e com isso traem seus cônjuges, seus companheiros, criam ambiente de inseguranças, propícios a proliferação de doenças, causar separações criando muita confusão.
Segundo a conclusão de Salomão o fim dessas pessoas são as mais cruéis possíveis, essas pessoas vão sofrer e vão perder confianças e vão criar muitos conflitos penosos.
Pv 7.26-27 “Porque a muitos feriu e derribou; e são muitos os que por ela foram mortos. A sua casa é caminho para a sepultura e desce para as câmaras da morte”.
Porém José tem uma postura exemplar de alguém em perfeito juízo, José assume uma postura de resistir à tentação.
Gn 39.7-13 “Aconteceu, depois destas coisas, que a mulher de seu senhor pôs os olhos em José e lhe disse: Deita-te comigo. Ele, porém, recusou e disse à mulher do seu senhor: Tem-me por mordomo o meu senhor e não sabe do que há em casa, pois tudo o que tem me passou ele às minhas mãos. Ele não é maior do que eu nesta casa e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porque és sua mulher; como, pois, cometeria eu tamanha maldade e pecaria contra Deus? Falando ela a José todos os dias, e não lhe dando ele ouvidos, para se deitar com ela e estar com ela, sucedeu que, certo dia, veio ele a casa, para atender aos negócios; e ninguém dos de casa se achava presente. Então, ela o pegou pelas vestes e lhe disse: Deita-te comigo; ele, porém, deixando as vestes nas mãos dela, saiu, fugindo para fora. Vendo ela que ele fugira para fora, mas havia deixado as vestes nas mãos dela”.
Podemos resumir a postura de José em 3 passos, José negou ao pedido indecente, ele tentos explicar a razão porque estaria negando, e em seguida fugiu daquela situação.
Existe uma palavra tão pequena que temos muita dificuldade de pronunciá-la quando estamos sendo tentados, temos muita dificuldade de dizer “Não”. Aos outros e às vezes a nós mesmos.
José não somente recusou, mas tentou explicar a por qual motivo não atender ao pedido daquela mulher, José reconhecia que o adultério seria um pecado contra Deus e contra Potifar.
José tinha muito mais respeito e lealdade por Potifar do que a própria esposa, na realidade o temor de José com Deus o proteger de não ter cedido a uma mulher diante de sua insistência.
José decidiu rapidamente abandonar o local do qual ele estava sendo forçado a contrariar suas convicções, e deixou a mulher afastando-se dela.
Poderíamos dizer que agora ela o deixaria em paz, mas não aquela perversa mulher além de ser imoral, ele demonstrou ser nefária causando muito constrangimento a José.
Gênesis 39.19-20 “Tendo o senhor ouvido as palavras de sua mulher, como lhe tinha dito: Desta maneira me fez o teu servo; então, se lhe acendeu a ira. E o senhor de José o tomou e o lançou no cárcere, no lugar onde os presos do rei estavam encarcerados; ali ficou ele na prisão”.
José foi acusado injustamente pela mentira da esposa adultera de Potifar e ainda ele foi recolhido a prisão onde passou dois anos detido.
Esse registro nos ensina que “Mesmo fazendo o certo vamos sofrer as consequências”.
Pedro nos alerta dessa realidade:
1 Pedro 2:19 “Porque isto é grato, que alguém suporte tristezas, sofrendo injustamente, por motivo de sua consciência para com Deus”.
Deus vai nos abençoar quando fazendo o certo mesmo diante de tantas injustiças.
Deus nunca deixou seus servos que lhe foram fieis a mercê do acaso ou da própria sorte, pelo contrário, fazendo a vontade de Deus e muitas vezes resistindo ao perverso isso é louvor a Deus.
José foi abençoado durante aqueles dois anos na prisão, e depois desse período, o Senhor Deus além de liberta-lo ele terá uma nova oportunidade, muito mais grandiosa para honrar a Deus do qual resultará em grande bondade a muitas pessoas.
Podemos aprender lições preciosas com esse registro da fidelidade de José
1º. O meu caráter reflete nas minhas atribuições e cumprimento de responsabilidades
2º. É melhor dizer “Não” ao pecado e sofrer, do que dizer “Sim” e destruir sua família.
3º Devemos cuidar com as formas que o pecado nos seduz, pecado sempre produz morte.
4º A melhor atitude às vezes é fugir, deixar aquilo que fazemos, para não pecarmos.
5º Deus sempre vai nos apoiar quando decidimos fazer o certo
6º Enfrentar as consequências com Deus é melhor do que desfrutar pecado do nosso jeito

Lutando contra o pecado e não contra a família


Leitura: Gênesis 35.2 “Disse Deus a Jacó: Levanta-te, sobe a Betel e habita ali; faze ali um altar ao Deus que te apareceu quando fugias da presença de Esaú, teu irmão. Então, disse Jacó à sua família e a todos os que com ele estavam: Lançai fora os deuses estranhos que há no vosso meio, purificai-vos e mudai as vossas vestes”.
A bíblia registra muitos acontecimentos que a primeira vista é um absurdo, alguns chegam até questionar a legitimidade da santidade de Deus, em vista as perversidades e crueldades registradas na Bíblia Sagrada, por exemplo:
Christian Sailer e Jeoachim Hetzel, dois advogados da Bavária (Alemanha) pediram há algum tempo a um ministro do governo alemão para classificar a Bíblia como um livro perigoso para crianças, por causa do seu conteúdo violento. “Ela prega o genocídio, o racismo, inimizade para com os judeus, execuções terríveis de adúlteros e homossexuais, o assassinato de seus próprios filhos e muitas outras coisas perversas”.
Por isso é importante ressaltar as palavras de Norman Geisler:
“Cumpre ressaltar que só o que a Bíblia ensina foi inspirado por Deus e não apresenta erro; nem tudo que está na bíblia ficou isento de erro… nesses casos, o que a garante a inspiração divina é que se trata de um registro verdadeiro”.
Compreendemos que todos os atos perversos registrados na Bíblia não provem de Deus e sim de atos deliberados de quem as praticou, mas o seu registro é inteiramente inspirado, isto é verídico!
Assim sendo tudo quanto foi Escrito e Registrado na Bíblia tem um objetivo, teve um propósito especifico como observou o apóstolo Paulo:
Romanos 15:4 “Pois tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança”.
Desse modo podemos observar atentamente que o histórico e o perfil de cada personagem bíblico servem para nós como: “Arquetípicas”, elas são elas mesmas e também revela quem nós somos ou poderemos ser.
Existe dentro de nós um Jacó, um Esaú, uma Rebeca e um José e assim por diante, porque as personagens bíblicas revelam que elas são e quem nós também podemos ser.
Vamos traças o perfil dos filhos de Jacó e vamos aprender que muitos lares não refletem a piedade dos pais, mas isso não significa que Deus não possa operar e transformar a todos.
Jacó teve doze filhos conforme Gênesis 35.23-26
Lia
Zilpa
Raquel
Bila
Rubén
Gade
José
Simeão
Aser
Benjamin
Naftali
Levi
Juda
Issacar
Zebulon
Quase todos os filhos de Jacó a bíblia tem algo a nos dizer de seu perfil de personalidade, exemplo:
  • Simeão e Levi, massacraram, saquearam e roubaram uma vila motivada por vingança. (Gn 34.25)
  • Rubén praticou incesto com a espoa de seu pai (Gn 35.22)
  • Gade, Aser, Dã e Naftali davam mau testemunho na cidade (Gn 37.12)
  • Judá se deitou com a nora pensando que era prostibula do qual teve um filho (Gn 38.15)
  • Todos os irmãos com exceção de Benjamim que era muito pequeno na ocasião sustentaram uma mentira por muitos anos, fazendo o pai sofrer e acreditar na morte de José que eles venderam propositalmente por inveja como escravo.


Esses atos demonstram que a família de Jacó, era uma família complicada, obviamente Jacó também não era “Flor que se cheire”, era um tremendo de um vigarista, apesar de que Deus operou grandemente em sua vida o transformando naquela ocasião que ele se encontrou com Deus e seu nome foi mudado, demonstrando mudança de caráter.
Também encontramos nos registros bíblicos que a esposa do qual Jacó amava era ladrona, mentirosa e idólatra.
Gênesis 31.19,34-35 “Tendo ido Labão fazer a tosquia das ovelhas, Raquel furtou os ídolos do lar que pertenciam a seu pai. Ora, Raquel havia tomado os ídolos do lar, e os pusera na sela de um camelo, e estava assentada sobre eles; apalpou Labão toda a tenda e não os achou. Então, disse ela a seu pai: Não te agastes, meu senhor, por não poder eu levantar-me na tua presença; pois me acho com as regras das mulheres. Ele procurou, contudo não achou os ídolos do lar.”
Deveria ser um caos essa família, tendo em vista essas situações, que na realidade revela o que hoje encontramos em muitos lares, tanto os pais quantos os filhos carregam traços e perfil de personalidade que repousa em algum desvio de conduta moral.
Mesmo nos lares mais tradicionais, a rivalidade entre irmãos, pode ser muito ruim. Mas nessa confusão, ela se tornou uma mistura venenosa, pois nela havia ingredientes como ódio, ciúme, favoritismo e orgulho, que levaram, finalmente, ao desastre. Para começar, os irmãos de José não eram exatamente os rapazes mais amáveis
Somente a graça de Deus para operar e transformar as pessoas, sem a graça de Deus o homem se encontra perdido porque tem a declinação da carne.
Tito 2.11-13 “Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente, aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus”.


Noutra ocasião estudaremos por menor todo o histórico do sofrimento e as vitórias de José, mas é importante observar que depois de alguns anos, esses rapazes experimentaram mudanças que pressupõe que eles começaram andar com Deus.
Gênesis 44.16 “Então, disse Judá: Que responderemos a meu senhor? Que falaremos? E como nos justificaremos? Achou Deus a iniquidade de teus servos; eis que somos escravos de meu senhor, tanto nós como aquele em cuja mão se achou o copo”.
Esse episódio é muito interessante, pois José experimenta seus irmãos sabiamente, e comprovou que eles haviam mudado, pelo menos no trato de um para com o outro, demonstrando proteção e cuidado com a família, expressões que outrora era desconhecido por José.
Por isso é importante que os membros que conhecem o Senhor e andem com ele, não desista da sua família, ore por eles, Deus é infinitamente poderoso para converter pessoas e leva-las ao arrependimento.
Jacó também insistiu com sua família, por varias ocasiões ele exortou seus filhos a abandarem os ídolos.
Gênesis 35.1-4 “Disse Deus a Jacó: Levanta-te, sobe a Betel e habita ali; faze ali um altar ao Deus que te apareceu quando fugias da presença de Esaú, teu irmão. Então, disse Jacó à sua família e a todos os que com ele estavam: Lançai fora os deuses estranhos que há no vosso meio, purificai-vos e mudai as vossas vestes; levantemo-nos e subamos a Betel. Farei ali um altar ao Deus que me respondeu no dia da minha angústia e me acompanhou no caminho por onde andei. Então, deram a Jacó todos os deuses estrangeiros que tinham em mãos e as argolas que lhes pendiam das orelhas; e Jacó os escondeu debaixo do carvalho que está junto a Siquém”.
Sabemos de muitos pais que lutam pelos seus filhos, de muitos filhos que lutam pelos seus pais, de muito marido que luta pela sua esposa, de muita esposa que luta pelo seu marido.

Passarem-se muitos anos até Jacó reencontrasse seu filho José e desfrutasse de um alívio e satisfação, muitos anos se passaram também para os irmãos de José e terem a oportunidade de rever toda aquela situação e conseguir o perdão do irmão.
O pecado só causa dor, só traz desgraça, o pecado nunca cumpre o que promete sempre nos engana, nos seduz, precisamos continuar lutando contra o pecado e a favor da nossa família onde entes queridos ainda estão escravizados ao pecado.
Que Deus nos abençoe, que possamos retornar a lutar por aqueles que abandonamos por causa de suas escolhas pecaminosas.
Pr. Mário Botao

Quando o reencontro é melhor que a despedida


Leitura: Gênesis 33.4 “Então, Esaú correu-lhe ao encontro e o abraçou; lançou-se lhe ao pescoço e o beijou; e choraram”.
A bíblia é um livro esplêndido, pois nele estão registradas muitas situações comuns a nós seres humanos, é muito encorajador saber que Deus ao longo da história nos reservou acontecimentos que nos encorajam, como também há registros que nos servem de alerta, outros ainda nos servem de ensino.
Quem já não teve conflito em casa? Quem já não teve uma discussão? Quem já não ficou sem falar por causa de uma ofensa? Quem já não teve um desentendimento com um irmão?
Esaú e Jacó eram irmãos de sangue sua história nos emociona, pela grandeza daquilo que Deus faz na vida desses dois personagens.
Há vinte anos Jacó sai às pressas da casa do pai, pois seu irmão estava enraivecido, irado por causa das más atitudes de Jacó seu irmão.
Gênesis 27.41-45 “Passou Esaú a odiar a Jacó por causa da bênção, com que seu pai o tinha abençoado; e disse consigo: Vêm próximos os dias de luto por meu pai; então, matarei a Jacó, meu irmão. Chegaram aos ouvidos de Rebeca estas palavras de Esaú, seu filho mais velho; ela, pois, mandou chamar a Jacó, seu filho mais moço, e lhe disse: Eis que Esaú, teu irmão, se consola a teu respeito, resolvendo matar-te. Agora, pois, meu filho, ouve o que te digo: retira-te para a casa de Labão, meu irmão, em Harã; fica com ele alguns dias, até que passe o furor de teu irmão, e cesse o seu rancor contra ti, e se esqueça do que lhe fizeste. Então, providenciarei e te farei regressar de lá. Por que hei de eu perder os meus dois filhos num só dia?”.
Esaú estava transtornado e com razão, Jacó era um camarada muito trapaceiro, um vigarista, sem caráter, uma pessoa desonesta e é razoável a revolta de Esaú.
Sob orientação de Isaque e Rebeca, Jacó vai embora e vai enfrentar uma dura jornada de mentiras e enganos, fazendo “jus” aquela observação bíblica.
2 Timóteo 3:13  “Mas os homens perversos e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados”.
Jacó foi enganado pelo seu tio Labão que também se mostrou muito hábil e astuto tanto quanto seu sobrinho Jacó.
Jacó era consciente desse impasse com o irmão Esaú, ele temia o reencontro, mas alertado por Deus, e desafiado a voltar, Jacó travou grandes lutas interiores e isso é demonstrada em sua oração sincera e cheia de temor.
Gênesis 32.11 “Livra-me das mãos de meu irmão Esaú, porque eu o temo, para que não venha ele matar-me e as mães com os filhos”.
Vinte anos se passaram entre o ladrão que fugiu as pressas do generoso que retorna humilde, foram tempos difíceis para Jacó, longe da família e de seu irmão a quem enganou duas vezes.
Sua estratégia para o reencontro com Esaú foi bem elabora e muito simples, ele dividiu toda sua caravana em várias frentes, a primeira caravana levou presentes a segunda e a terceira também, ate que fez passar a sua e depois a de sua família.
Gênesis 32.16 “Entregou-os às mãos dos seus servos, cada rebanho à parte, e disse aos servos: Passai adiante de mim e deixai espaço entre rebanho e rebanho”.
Jacó demonstrou uma tremenda habilidade em articular uma maneira pacífica para apaziguar uma possível vingança do irmão, lhe entregando presentes, colocando em pratica o conselho de Salomão.
Provérbios 18:16 “O presente que o homem faz alarga-lhe o caminho e leva-o perante os grandes”.
Mas não foi necessária a estratégia de Jacó apesar de que com muita insistência Esaú aceita o presente, Deus operou grandemente naquela situação, Deus ouviu a oração de Jacó e lhe proporcionou um encontro amigável.
Gênesis 33.3-4 “E ele mesmo, adiantando-se, prostrou-se à terra sete vezes, até aproximar-se de seu irmão. Então, Esaú correu-lhe ao encontro e o abraçou; lançou-se lhe ao pescoço e o beijou; e choraram.”
Talvez não haja um momento mais sublime do que este, dois irmãos divididos por causa de uma ofensa e agora reatando um relacionamento perdido há tantos anos.
O Salmista declarou:
Salmos 133:1 “Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos!”.
A expectativa da Raquel se cumpriu, como uma mãe que sabiamente aconselha seu filho.
Gênesis 27.44-45 “Agora, pois, meu filho, ouve o que te digo: retira-te para a casa de Labão, meu irmão, em Harã; fica com ele alguns dias, até que passe o furor de teu irmão, e cesse o seu rancor contra ti, e se esqueça do que lhe fizeste. Então, providenciarei e te farei regressar de lá. Por que hei de eu perder os meus dois filhos num só dia?”.
E certo de que o tempo se encarregou de apagar as mágoas do coração de Esaú e a mudança de comportamento de Jacó também contribuiu pra o sucesso desse reencontro.
Assim somos nós, também temos que lidar com conflitos no lar, muitos lares se encontram em pé de guerra, parece muito mais um “campo de concentração” do que um lar propriamente dito.
Esse episódio nos traz algumas lições que devem ser observadas que ajudaram a reatar relacionamentos rompidos dentro de uma família.
1º A reconciliação sempre será o melhor caminho
Jacó poderia sustentar a distancia do irmão, e Esaú também poderia ter essa postura, podemos aprender com essa história que a atitude dos dois favoreceu a reconciliação.
2º Uma atitude simples e serena é melhor que a arrogância
A bíblia é repleta de exemplos sobre a postura humilde para aqueles que desejam obter sucesso nas relações interpessoais, Deus teve que trabalhar no caráter e na vida dos dois irmãos, caso contrário seria muito improvável a reconciliação.
Façamos da admoestação de Paulo um padrão para os nossos relacionamentos familiares e que Deus abençoe a todos nós e a Sua Palavra.

Efésios 4:3 “Esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz”.

Quando o mal prevalece todos perdem!

Leitura: Gênesis 34.1-2 “Ora, Diná, filha que Lia dera à luz a Jacó, saiu para ver as filhas da terra. Viu-a Siquém, filho do heveu Hamor, que era príncipe daquela terra, e, tomando-a, a possuiu e assim a humilhou”.
O que é pior um crime hediondo ou assassinato em massa?
Até quando vamos tolerar e suportar as angústias causadas por corações perversos? Até quando vamos retribuir o mal que recebemos com o mal? Até quando vamos ser vitimas da maldade que povoa nossos pensamentos e intenções?
Não é de agora que se ouve de violência, a bíblia sendo um registro verídico de fatos que realmente aconteceram nos informa que desde os tempos mais remotos a maldade no coração do homem muito se havia multiplicado.

  •          Caim assassinou seu irmão a sangue frio (Gn 4.8)
  •          Nos dias de Noé os homens eram extremamente perversos (Gn 6.5)
É muito significativo que Deus não deixou de registrar os atos pecaminosos de seus personagens, pelo contrário com muito detalhe ele realça essa realidade do coração do homem.
Tais atos grotescos e inconcebíveis não foram inspirados por Deus, pelo contrário foi motivado por atos voluntários de corações que se alimentam da maldade de uma alma caída.
Tiago expressa com perguntas retóricas a origem deste mal…
Tiago 4.1-4 “De onde procedem as guerras e contendas que há entre vós? De onde, senão dos prazeres que militam na vossa carne? Cobiçais e nada tendes; matais, e invejais, e nada podeis obter; viveis a lutar e a fazer guerras. Nada tendes, porque não pedis; pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres. Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus”.
        
Assim sendo a origem de todo mal existente neste mundo está tão somente no coração do homem. É o nosso dever controlar nossos impulsos, apetites e desejos porque o descontrole destes incorrerá em grandes tragédias e reviravoltas sombrias.
Nesse registro histórico que preenche uma lacuna da história do povo de Israel é marcada por muitas revoltas e indagações, não por parte do registro, mas dos leitores, pois é cercado de muitos crimes e indignação.
Quem já não leu o estupro de Dinah e o massacre da Família de Heveu e não embrulha o estomago trazendo a sensação repulsa e muito desprezo pelo ocorrido?
Segundo o relato bíblico, Dinah única filha de Jacó foi surpreendida por um jovem chamado Siquém que a violentou sexualmente, porém esse rapaz que a estuprou acabou se apaixonando por Dinah.
Gênesis 34.1-4 “Ora, Diná, filha que Lia dera à luz a Jacó, saiu para ver as filhas da terra. Viu-a Siquém, filho do heveu Hamor, que era príncipe daquela terra, e, tomando-a, a possuiu e assim a humilhou. Sua alma se apegou a Diná, filha de Jacó, e amou a jovem, e falou-lhe ao coração. Então, disse Siquém a Hamor, seu pai: Consegue-me esta jovem para esposa”.
O estupro é considerado um crime hediondo no Brasil, o nosso diploma legal no conteúdo do seu artigo 213 diz: “Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça a praticar ou permitir que com ele se pratique ao libidinoso da conjunção carnal”.
O estupro eleva-se a categoria de Hediondo, pois é um crime pratica com extrema violência e com requintes de crueldade e sem nenhum senso de compaixão ou misericórdia por parte de seus autores.
Ninguém e nenhum ser vivo deve ser submetido ou constrangido a tal ato repugnante, imundo, sórdido, nojento segundo o nosso padrão de conduta moral. Todos aqueles que pratiquem o “Estupro” deve ser punido na máxima da lei e receber a máxima reprovação ética da sociedade.
O crime de Siquém é repulsivo e digno de condenação, porém segundo o registro bíblico, ele recorre a seu pai, com o desejo de ter Dinah como sua esposa, e fez saber a Jacó, depois de desculpar-se e estar pronto para reverter tal situação.
Gênesis 34.11-12 “E o próprio Siquém disse ao pai e aos irmãos de Diná: Ache eu mercê diante de vós e vos darei o que determinardes. Majorai de muito o dote de casamento e as dádivas, e darei o que me pedirdes; dai-me, porém, a jovem por esposa”.
Obviamente é muito constrangedor enfrentar tal situação, é muito difícil determinar a melhor reação, ou postura diante do pedido de Siquém.
Qual pai poderia consentir um matrimônio, onde sua filha foi submetida a tamanho ultraje? Qual irmão se reservaria de expressar um sentimento de revolta e ódio? Qual família lidaria de forma pacifica e perdoara tal ato infame?
A bíblia nos exorta a sermos compassivos e misericordiosos:
Efésios 4.32 “Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou.”
Na prática será que funciona? Se eu ou você estivermos vivenciando um momento de intenso sofrimento e dor? Será que estaremos declinados a relevar tal situação e perdoar o nosso ofensor?
Acredito que a dor e sofrimento da família são imensuráveis é muito complexo lidar com o sentimento de uma pessoa que foi constrangida a esse horror.
Mas, graças a Deus que por amor, ele nos consola e nos dá forças para suportar qualquer que seja a provação.
1Coríntios 10.13 “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar”.
Toda a família poderia ser consolada e confortada pelo Senhor que graciosamente acolhe a todos que se achegam a ele, mas não foi esse o final dessa trágica história.
Os irmãos de Dinah, depois de falsamente fazer um acordo e astutamente engana-los, seduzindo-os a fazer um acordo que supostamente seria permitido o casamento entre Dinah e Siquém, propõe que todos os homens da casa de Siquém fossem circuncidados, e todos naquele dia foram circuncidados.
Gênesis 34.13-15 “Então, os filhos de Jacó, por causa de lhes haver Siquém violado a irmã, Diná, responderam com dolo a Siquém e a seu pai Hamor e lhes disseram: Não podemos fazer isso, dar nossa irmã a um homem incircunciso; porque isso nos seria ignomínia. Sob uma única condição permitiremos: que vos torneis como nós, circuncidando-se todo macho entre vós”.
        
Foram dias difíceis para os homens daquela região, ainda se recuperando da dor causada pela circuncisão, durante a noite Simeão e Levi entraram sorrateiramente e massacram todos os homens ao fio da espada.


Gênesis 34.25-26 “Ao terceiro dia, quando os homens sentiam mais forte a dor, dois filhos de Jacó, Simeão e Levi, irmãos de Diná, tomaram cada um a sua espada, entraram inesperadamente na cidade e mataram os homens todos.  Passaram também ao fio da espada a Hamor e a seu filho Siquém; tomaram a Diná da casa de Siquém e saíram”.
Além disso, saquearam a cidade e pegaram as mulheres e crianças como escravas.
Gênesis 34. 27-29 “Sobrevieram os filhos de Jacó aos mortos e saquearam a cidade, porque sua irmã fora violada. Levaram deles os rebanhos, os bois, os jumentos e o que havia na cidade e no campo; todos os seus bens, e todos os seus meninos, e as suas mulheres levaram cativos e pilharam tudo o que havia nas casas”.
Talvez esse registro seja uma das páginas mais negras das Escrituras
  •          Estupro
  •          Mentiras
  •          Assassinato

Tanto Levi e Simeão quando confrontados por Jacó, demonstraram frieza e vingança.
Gênesis 34.30-31 “Então, disse Jacó a Simeão e a Levi: Vós me afligistes e me fizestes odioso entre os moradores desta terra, entre os cananeus e os ferezeus; sendo nós pouca gente, reunir-se-ão contra mim, e serei destruído, eu e minha casa. Responderam: Abusaria ele de nossa irmã, como se fosse prostituta?”.
A bíblia nunca encoraja a pratica do mal, pelo contrário existem muitos princípios nas escrituras que ensina que o mal deve ser vencido pelo bem.
Romanos 12:21 “Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.”
Lucas 6:27-30 “Digo-vos, porém, a vós outros que me ouvis: amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam; bendizei aos que vos maldizem, orai pelos que vos caluniam. Ao que te bate numa face, oferece-lhe também a outra; e, ao que tirar a tua capa, deixa-o levar também a túnica;  dá a todo o que te pede; e, se alguém levar o que é teu, não entres em demanda.”
1 Pedro 3:9 “Não pagando mal por mal ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo, pois para isto mesmo fostes chamados, a fim de receberdes bênção por herança.”
Que o Senhor Deus tenha misericórdia do seu povo, e seja gracioso conosco diante dos ultrajes que revidamos, das injurias que rebatemos, da maldade que vingamos, pois somos carnais e ainda temos esse mal incutido em nós.
Por isso a admoestação das Escrituras se faz cada vez mais necessária e urgente, precisamos nos despojar do velho homem com seus feitos.
Colossenses 3:8 “Agora, porém, despojai-vos, igualmente, de tudo isto: ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena do vosso falar”.
Esse registro acaba de forma abrupta e sem explicação, talvez fosse isso que Deus quisesse que soubéssemos, talvez não haja nada mais a falar, não justificativa, não explicação, por isso que quanto mais o tempo se aproxima estejamos prontos para nos encontrar com o Senhor, porque os nossos dias são maus e o mundo está indo cada vez mais de mal a pior.
Façamos da oração do Senhor a nossa: “Senhor livra-nos do mal”.
Pr. Mário Botão
         

Vencido por Deus e Transformado por Ele


Leitura: Gênesis 32.24-30 “Ficando ele só; e lutava com ele um homem, até ao romper do dia. Vendo este que não podia com ele, tocou-lhe na articulação da coxa; deslocou-se a junta da coxa de Jacó, na luta com o homem. Disse este: Deixa-me ir, pois já rompeu o dia. Respondeu Jacó: Não te deixarei ir se me não abençoares. Perguntou-lhe, pois: Como te chamas? Ele respondeu: Jacó. Então, disse: Já não te chamarás Jacó, e sim Israel, pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens e prevaleceste. Tornou Jacó: Dize, rogo-te, como te chamas? Respondeu ele: Por que perguntas pelo meu nome? E o abençoou ali. Àquele lugar chamou Jacó Peniel, pois disse: Vi a Deus face a face, e a minha vida foi salva”.


O registro da história de Jacó é muito interessante de alguém que teve literalmente um encontro com Deus. Muitas vezes usamos a expressão “Mudou da água para o vinho” como indicativo de uma mudança de vida.
Jacó foi uma pessoa que demonstrava deficiências de caráter desde o seu nascimento.
Gênesis 25.22 “Os filhos lutavam no ventre dela; então, disse: Se é assim, por que vivo eu? E consultou ao SENHOR”.
Obviamente, Deus tinha um plano na vida de Jacó, desde o seu nascimento, a escolha de uma grande nação viria de sua semente, Deus também já havia decidido que o maior serviria o menor. Mas Jacó precisa mudar.
Depois que os meninos nasceram os pais deu o nome para seus filhos em vista ao perfil daquele momento. Esaú por seu peludo e Jacó por ter segurado o calcanhar do irmão.
Gênesis 25.26 “Depois, nasceu o irmão; segurava com a mão o calcanhar de Esaú; por isso, lhe chamaram Jacó. Era Isaque de sessenta anos, quando Rebeca lhes deu à luz”.
Quando jovem Jacó enganou seu irmão diante de um precipitado acordo, Esaú trocou sua primogenitura por um prato de comida.
Jacó não precisa ter o direito de primogenitura que vindicava, pois foi Deus quem o escolher para à partir dele constituir uma grande nação, ele foi astuto.
Pouco tempo depois, roubou de Esaú a benção do pai, do qual incluía as posses e direitos como primeiro filho.
Gênesis 27.36 “Disse Esaú: Não é com razão que se chama ele Jacó? Pois já duas vezes me enganou: tirou-me o direito de primogenitura e agora usurpa a bênção que era minha. Disse ainda: Não reservaste, pois, bênção nenhuma para mim?”.
O caráter de Jacó era questionável, suas atitudes revelavam um homem de má índole e que colheu as consequências pelos seus atos de pecado. Quando que por vinte anos servir a seu cunhado Labão do o enganou várias vezes nesse período.
Gênesis 31.38-42 “Vinte anos eu estive contigo, as tuas ovelhas e as tuas cabras nunca perderam as crias, e não comi os carneiros de teu rebanho. Nem te apresentei o que era despedaçado pelas feras; sofri o dano; da minha mão o requerias, tanto o furtado de dia como de noite. De maneira que eu andava, de dia consumido pelo calor, de noite, pela geada; e o meu sono me fugia dos olhos. Vinte anos permaneci em tua casa; catorze anos te servi por tuas duas filhas e seis anos por teu rebanho; dez vezes me mudaste o salário. Se não fora o Deus de meu pai, o Deus de Abraão e o Temor de Isaque, por certo me despedirias agora de mãos vazias. Deus me atendeu ao sofrimento e ao trabalho das minhas mãos e te repreendeu ontem à noite”.
Nesse período de vinte anos foi escola para Jacó, tudo o que ele passou o fez crescer e adquiriu maturidade na vida, e sua sensibilidade com relação a Deus também havia crescido, mas lhe faltava uma coisa, uma mudança radical de coração.
Quando Jacó decidiu retornar a sua parentela, pois Deus lhe aparecera, no percurso teve a ideia de dividir toda sua caravana em várias frentes, pois temia o reencontro com seu irmão Esaú.
E naquela noite Jacó luta até o raiar do dia com um homem.
Gênesis 32.24”Ficando ele só; e lutava com ele um homem, até ao romper do dia”.
O misterioso personagem é revelado no final como o próprio Deus
Gênesis 32.28 “Então, disse: Já não te chamarás Jacó, e sim Israel, pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens e prevaleceste”.
Comparando com os três homens que apareceram para Abraão em Gênesis 18, também perceberemos que um dos homens se identificou como o Senhor.
Genesis 18.1-2 “Apareceu o SENHOR a Abraão nos carvalhais de Manre, quando ele estava assentado à entrada da tenda, no maior calor do dia. Levantou ele os olhos, olhou, e eis três homens de pé em frente dele. Vendo-os, correu da porta da tenda ao seu encontro, prostrou-se em terra”.
        
Nos versículo (13-17-22) descobrimos que um desses homens, fala em nome do Senhor, e trata Abraão como o próprio Deus.
Tanto, Abraão como Isaque seu filho tiveram um encontro com o Senhor, ambos receberam de Deus a confirmação da promessa.
Gênesis 26.24 “Na mesma noite, lhe apareceu o SENHOR e disse: Eu sou o Deus de Abraão, teu pai. Não temas, porque eu sou contigo; abençoar-te-ei e multiplicarei a tua descendência por amor de Abraão, meu servo. Então, levantou ali um altar e, tendo invocado o nome do SENHOR, armou a sua tenda; e os servos de Isaque abriram ali um poço.”
É muito excitante descobrir a maneira como Deus se revelou a Abraão, Isaque e a
Jacó, porque em cada um dos casos, havia um contexto, uma forma em particular, uma situação do qual eles estavam inserido, mas eu tudo isso percebemos a ação pessoal de Deus.
Com Jacó não seria diferente, Deus também apareceu a ele, e naquela noite Jacó e o Senhor lutaram face a face.
Gênesis 32.28 “Então, disse: Já não te chamarás Jacó, e sim Israel, pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens e prevaleceste”.
Naquela luta, Deus o vence, e a nobreza da luta foi reconhecida pelo próprio Deus. Esse encontro com o Senhor revelou algumas mudanças na vida de Jacó do qual desencadearia um série de mudanças radicais.
É muita interessante verificar a diferença da benção motivada pela honra daquela motivada pelo engano.
Genesis 27.19 “Respondeu Jacó a seu pai: Sou Esaú, teu primogênito; fiz o que me ordenaste. Levanta-te, pois, assenta-te e come da minha caça, para que me abençoes”.
A primeira benção desencadeou muitos anos de consequências desastrosas, quase com conotação de maldição, mas essa iniciará um período de muitas vitórias na vida de Jacó.
A mudança de nome resulta em mudança de caráter, nesse momento foi firmado um marco na vida de Israel, pois “Deus prevaleceu”. Jacó foi vencido por Deus e transformado por Ele!
Desse momento em diante Israel se tornou uma referencia de transformação

  • ·        Um homem de oração (Gn 32.24-30)
  • ·        Disciplinado e perseverante na aflição (Gn 42.36)
  • ·        Homem de fé (Hb 11.21)
São momentos como esses que redescobrimos o sentido da vida, Jacó por muitos anos fez o que o coração desejava e só colher coisas ruins, mas quando o Senhor lhe foi ao encontro e o venceu, ele foi realmente transformado.

2 Corintios 3:18 Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor. 
Que benção é sermos transformados por estarmos na presença de Deus

Pr. Mario Botão

O hipócrita se revela na excessiva severidade no Julgar

Leitura: Mateus 7.1-5 “Não julgueis, para que não sejais julgados. Pois, com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também. Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão.
Hipocrisia é uma manifestação fingida e falsa virtude, o hipócrita é alguém que descreve uma falsa piedade. Jesus censurou várias vezes os religiosos de sua época devido a uma postura crítica e severa com relação aos outros.
Deve o crente nunca julgar? Será que esse ensino proíbe a apreciação de julgamento com relação a quem quer que seja? Estaremos comente pecado quando julgamos pessoas ou situações?
A bíblia nos admoesta a sermos criteriosos com várias áreas da vida, por exemplo, o crente deve:
·        Julgar pecados obstinados (1Co 5.1-7)
·        Julgar litígio entre irmãos (1Co 6.1-8)
·        Julgar o ensino (1Co 10.1-2)
·        Julgar comportamento duvidoso (1Co 11.13)
·        Julgar a nós mesmo (1Co 11.31)
Por outro lado à bíblia também nos admoesta a evitarmos julgamentos contra:
·        O próximo (Tg  4.11-12)
·        Convicção (Cl 2.16)
·        Atitudes (Rm 14.2-5)
Como equilibrar o “julgamento” sem sermos negligentes ou omissos? Como fazer justiça sem incorrer em injustiça? Como fazer o certo sem pecar?
Acredito que esse ensino de Jesus nos ensina alguns princípios sobre o “Juízo Temerário” do qual deve ser evitado porque é pecado.
O que é um juízo temerário, é um julgamento excessivamente exagerado, critico, severo, sem misericórdia, apressado, imprudente é juízo que destrói.
Perceberemos que o juízo temerário traz prejuízos pra quem, julga e não para quem é julgado. O texto de Mateus 7.1-5 descreve três prejuízos:
1º Prejuízo para o juízo do hipócrita temerário: Severidade de Deus
Mt 7.1-2 “Não julgueis, para que não sejais julgados. Pois, com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também”.
O ensino de Jesus em primeiro lugar descreve a construção de uma medida.
Nos dias de Jesus havia um contrato de compra e venda de cereais, e nesse contrato regia que a mesma medida “metron” usada para escolher e separar os grãos de cereais deveria ser o mesmo usado para conferir e vender os grãos. Assim quando alguém comprasse, por exemplo, 10 “metron” de trigo, a medida usada tanto do vendedor como do comprador deveria ser a mesma. Contextualizando: Ele usou um “Cesto” pequeno comigo, vou usar um “Cesto” pequeno com ele; Ele usou um “Cesto” grande comigo, vou usar um “Cesto” grande com ele. Ou seja, sempre é a mesma medida.
Esse ensino foi mostrado por Jesus no Sermão do Monte:
Mateus 5.7 “Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia”.
·        Qual foi o “Cesto” que eu usei? Misericórdia!
·        Qual será o “Cesto” que usarão comigo? Misericórdia!
Tiago, que reproduz muitos dos ensinos do sermão do monte, ele também trata deste assunto:
Tiago 2.13 “Porque o juízo sem misericórdia para com aqueles que não usou de misericórdia,”
·        Qual foi o “Cesto” que eu usei? Juízo temerário!
·        Qual será o “Cesto” que usarão comigo? Juízo temerário
Precisamos aprender a usar de “Misericórdia”, caso contrário serei julgado como julgo as pessoas.
Mas o hipócrita, não atenta para a instrução porque é tolo, mas o sábio regozija com a verdade.
2º Prejuízo para o juízo temerário: Incapacidade mental
Mt 7.3 “Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio?”
O ensino de Jesus em segundo lugar descreve obstáculos para uma visão límpida, clara sem intervenção ou prejuízos.
Argueiro é algo bem pequeninho, pode ser uma farpinha de madeira, um pedacinho de grão um pequenino cisco de arroz.
Obviamente por menor que seja o argueiro, não deve estar no olho, porque incomodada e pode machucar. Precisa ser removido, precisa ser tirado.
Assim sendo essa linguagem metafórica descreve “erros” que cometemos que não devemos cometer, porém são erros de pequena proporção e magnitude.
Mas o hipócrita com seu juízo temerário tem uma obstrução mental, ele é cego para si mesmo, ele é excessivamente agressivo, impiedosos com os outros, mas é incapaz de reparar em si mesmo.
Jesus usa a linguagem de uma “Trave” que é uma viga grossa de madeira usada em construção, é até difícil de imaginar tal ilustração, que esbarra no absurdo e na incoerência da situação.
Assim é a proposta de Jesus, tal pessoa com seu julgamento temerário, chega esbarrar no absurdo e na incoerência da situação.
Assim é o hipócrita, cego para si mesmo, não percebe seus erros, suas más motivações, seus defeitos interiores, mas consegue ver pequenos erros e quase irrelevantes dos outros.
Infelizmente há muitas pessoas assim na igreja, que conseguem ver pequenas coisas que a incomodas, mas não se sentem incomodadas com os grandes erros que cometem.
Certa vez uma senhora foi ao pastor, muito chateada e irada com a igreja, cheia de acusações porque ficou doente por uma semana e ninguém foi visita em casa, e o pastor sabiamente comentou com ela, que já há mais de 10 anos ela era membro da igreja e jamais tinha visitado uma pessoa sequer que ficou doente e agora ela reivindica tendo forma de piedade hipócrita. Se ela não pode visitar em 10 anos centenas de pessoas que ficou doente porque se queixa de uma vista que não foi feita?
Precisamos aprender na simplicidade reconhecer que também cometemos erros e que precisamos nos arrepender deles antes de acusarmos os outros.
3º Prejuízo para o juízo temerário: Falsa piedade
Mt 7.4-5 “Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão.
Veja a encenação teatral do hipócrita:
“Deixa-me tirar o argueiro do teu olho”
Parece que e zeloso, cuidados, piedoso, sincero, mas infelizmente não é nada disso!
Ele quer se promover, ele se vangloria, ele se sente superior, mas é uma forma de piedade, que mascara um coração sujo de pecados.
O texto continua:
Tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão.
Há pessoas que tem o hábito de julgar com tanta severidade, mas ocultar uma falsa piedade, essa pessoa é indigna de corrigir quem quer que seja.
Suas palavras não tem poder, não tem autoridade, são palavras lançadas ao vento, é motivo de descredito e desaprovação.
Pessoas assim são inúteis para o reino e para a edificação da igreja, é um cego guiando outro cego, suas exortações não produz nenhuma correção
Precisamos pedir sabedoria e sensibilidade a Deus para perceber nossas “Traves” e arrependidos remove-las e quando aproximarmos de pessoas, sem a hipócrita intenção de se promover, mas com sinceridade de coração visando o aperfeiçoamento dos santos.
  Pr. Mário Botão

Não chores mais…

Não chores mais” é o título do Hino de Louvor II, nº 37 
Melodia Irlandesa, letra de Steve Pettit.

Depois de algum tempo treinando violão e me esforçando para cantar na nota, estou postando esse vídeo, quero que Deus aceita a adoração, pois partiu de lábio sincero!

Igreja uma nação de sacerdotes


Leitura: 1Pedro 2.9 “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”
ÁudioIgreja uma nação de sacerdotes


No Antigo Testamento Deus escolhe entre muitas nações, a nação de Israel como uma “Nação de sacerdotes”.
Êxodo 19:6 “Vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa. São estas as palavras que falarás aos filhos de Israel”.
Perceberemos que a expressão proposta nesse texto de Êxodo 19:6 é a mesma expressão de 1 Pedro 2.9.
“Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus”
Estabelecendo, assim, uma relação intima entre o sacerdócio de Israel e o sacerdócio dos crentes da Igreja.


Isso não significa que a igreja é continuidade de Israel, são dois programas diferentes, e também não significa que a igreja é um novo levíticos, pelo contrário, a igreja é uma nova instituição com algumas semelhanças, por essa razão vamos analisar a semelha da expressão “Sacerdócio real“.
Quais são as características de uma nação sacerdotal?
1ª Característica de uma nação sacerdotal: Chamado especial de Deus
O “Sacerdote” não podia se fazer “Sacerdote” por escolha própria, Eles teriam quer ser “Chamados por Deus” para esse ofício. Nesse sentido todo sacerdote tem que ter um chamado vindo da parte de Deus.
No Antigo testamento, Deus separou a família de Arão para esse sacerdócio.
   Êxodo 29.44-45 “E consagrarei a tenda da congregação e o altar; também santificarei Arão e seus filhos, para que me oficiem como sacerdotes. E habitarei no meio dos filhos de Israel e serei o seu Deus”.
Note que foi Deus quem escolheu Arão e seus filhos para servirem como família sacerdotal, não foi Arão que escolheu a si mesmo e sua família para esse ofício.
Deus falou a Moisés que ele havia escolhido a “A família de Arão” para ser a família sacerdotal. Quando Moisés compartilhou com o povo a vontade de Deus, isso começou a ter um problema;
Arão era irmão de Moisés, e quando Moisés falou ao povo sobre Arão e seus filhos serem a “Família sacerdotal”,
O povo começou a falar e questionar a legitimidade dessa escolha: Talvez pensassem: É esse grupo aí é um grupinho familiar, é grupo de panelinhas, Moisés colocou o irmão dele para ser sacerdote.
E começou a ter uma murmuração no meio do povo, Mas, não foi Moisés que colocou o seu irmão como “Sacerdote” foi Deus.
Então Deus fez o seguinte: “Cada chefe de tribo” tinha um cajado que era símbolo de autoridade.
Deus disse para Moisés: Você pegará todos os cajados de cada chefe das 12 tribos e devem ser colocados dentro da tenda da Congregação, esses cajados passarão a noite e amanhã você coloca o povo em frente da tenda; E você vai lá dentro e começa tirar esses cajados, a “Cajado que florescer e der fruto”. É a indicação que eu “EU escolhi” para ser a família sacerdotal.
Naquele dia quando Moisés retirou todos os cajados, somente o cajado de Arão havia florescido e dado fruto, aquilo gerou grande temor no coração do povo;
Eles tinham que entender que foi Deus quem “chamou” a família de Arão e seus filhos para ser a “família sacerdotal”.
Podemos perceber e aprender que um sacerdote não se faz “sacerdote” é Deus que o coloca nessa posição;
2ª Característica de uma nação sacerdotal: Ocupada em Servir a Deus
Nessa posição de “Sacerdote” qual era principal atividade da família de Arão?
Ex 28.1 “Faze também vir para junto de ti Arão, teu irmão, e seus filhos com ele, dentre os filhos de Israel, para me oficiarem como sacerdotes, a saber, Arão e seus filhos Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar”.
De acordo com esse versículo os sacerdotes se ocupavam em “Servir” a Deus, o ministério deles era em primeiro lugar pra Deus.
A igreja no Novo Testamento assume essa posição de um “SERVO” que outrora que de exclusividade de Israel;
1Pedro 2.9 “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus…”.
Todos aqueles que pela fé receberam Jesus como “Salvador”, Ele nos constituiu “Sacerdotes” para Deus
Apocalipse 1.6 “e nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai, a ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!”.
Jesus reafirmou essa verdade no livro de Apocalipse 5.9-10.
Apocalipse 5.9-10 “E entoavam novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação e para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes; e reinarão sobre a terra”.
Apesar de que esse versículo tem um cumprimento profético para o futuro, podemos perceber o que temos afirmado com base no Antigo Testamento e agora no Novo testamento que um sacerdote não se constituía sacerdote, ele não se faz sacerdote; É Deus quem o coloca nessa posição. Um sacerdote é chamado para “servir”.
3ª Característica de uma nação sacerdotal: Responsabilidade diante desse privilégio
Quando falamos sobre “responsabilidade” queremos enfatizar as “Obrigações de responder pelos nossos atos
“Quanto maior a posição, maior a luz, maior a responsabilidade”
A responsabilidade é gradativa, assim quanto mais Deus tem trabalhado sua palavra em nós, quanto mais temos experimentado comunhão com Deus; Maior é a responsabilidade que nós temos.
Isso pode ser comparado com a vida natural, por exemplo, aqueles que são casados e têm filhos, dependendo da idade do filho isso reflete na responsabilidade que se exige dele, uma criança de 03 anos é possível permitir que na hora da refeição faça alguma trapalhada na mesa, mas um filho de 12 e 13 anos o pai já não vai permitir.
Dependendo da maturidade, assim como na vida natural exige-se mais responsabilidade. Na vida cristã também é assim, na medida em que você cresce a responsabilidade também cresce.
Essa lição de que temos que aprender é que “Quanto maior a posição, maior a luz, maior a responsabilidade”.
Havia uma diferença, muita grande entre o Sacerdote pecar e uma pessoa comum pecar. A responsabilidade do sacerdote era muito maior. Você sabia que quando um judeu comum pecava se comprometia o altar de bronze? Porém quando um príncipe ou um governar pecava (por ele representar de mais pessoas) era comprometido não somente o altar, mas o lugar santo. A bíblia nos ensina que quando um sacerdote pecava, todo o tabernáculo era comprometido…
O que era comprometida quando um sacerdote cometesse pecado? Quanto maior a posição, maior a luz, maior é a responsabilidade que será cobrada.
Levíticos 4.3-10
Se comprometia a vida de um inocente um novilho era imolado perante o Senhor…
O sangue era aspergido sobre o véu do “Lugar Santíssimo” sete vezes…
3º No lugar “Santo” era colocado sangue sobre os chifres do altar de incenso…
No pátio o resto do sangue era derramado sobre as bases do altar de bronze…
Toda a gordura, rins e o fígado do animal, deveriam ser queimados sobre o altar.
Todo o resto do animal que tinha incorporado o pecado deveria ser fora do arraial.
Com todo esse ritual, Deus estava imprimindo na mente dos judeus, o “Horror do pecado”.
Quanto maior a posição, maior a luz, maior a “Responsabilidade”. A bíblia nos ensina que quando um sacerdote pecava, todo o tabernáculo era comprometido. A responsabilidade de um sacerdote era muito grande.
Hoje, a Igreja é uma “Nação de sacerdotes”. Somos todos igualmente responsáveis perante Deus, para oferecermos sacrifícios espirituais a Deus. Deus chamou a igreja para ser uma nação sacerdotal e isso traz benefícios, mas também traz responsabilidades;
Na época antes da “Reforma protestante” conhecida como “idade média”, desenvolveu uma idéia que fazia distinção de direitos entre os cristãos;
Isso se dava entre o clero e os leigos. (Aqueles que julgavam saber sobre religião e aqueles que eram tidos como ignorantes). Essa postura da igreja católica resultou em uma hierarquia, onde o povo dependia desses “sacerdotes” o “clero” para receber os benefícios da vida espiritual. De acordo com esse ponto de vista “Católico” o crente comum, não tinha “Acesso a Deus e nem as Escrituras”, a não ser por um “Mediador humano, conhecido como Papa”. Foi então que depois de uma série de eventos que se culminou no dia. 31 de outubro 1517, um ex-padre Martin Lutero defendeu o sacerdócio de todos os crentes, não somente do clero em uma publicação chamada “A Liberdade do Cristão”. Ele defendeu que qualquer cristão seja ignorante ou estudado, seja clero ou leigo, ambos tem acesso a Deus defendido pelas Escrituras, e ambos poderiam compreender as palavras das Escrituras; ou seja, a interpretação da Bíblia não era uma exclusividade somente do “papa” mas de todos os crentes. Interessante que as implicações maléficas introduzidas pela igreja católica se perduram até nos dias atuais. Para um católico eles acreditam que somente o papa tem autoridade para “Interpretar a Bíblia” para eles o homem comum não tem acesso direto a Deus, a não ser por um padre.
O Novo Testamento não menciona a existência de um “Ofício Sacerdotal” na Igreja, ou seja, não um oficial na igreja chamado “Sacerdote”.
O Novo testamento enfatiza a “posição” de todo crente como sacerdote perante Deus, não o “ofício”. O que estamos destacando não é o “Ofício Sacerdotal”, os oficiais que temos na igreja são dois “pastores e diáconos”, o que estamos destacando é a “posição” de todo e qualquer crente diante de Deus, como uma “nação sacerdotal”. 

Cambaleando para a morte


Leitura: Provérbios 24.11 “livra os que estão sendo levados para a morte e salva os que cambaleiam indo para serem mortos…”
Áudio
Um dos assuntos mais discutido na ciência, cultura e a religião é a morte. Na ciência a morte é o processo da cessação completa e definitiva das funções vitais. Na cultura a morte é representada pôr uma figura mitológica, do lado ocidental a morte é representada como uma figura esquelética vestida de uma manta negra com capuz e portando uma foice esse tipo de “ceifador” que é a imagem representada nas cartas de tarô, na mitologia grega, temos vários deuses, dois deles se refere a morte, Tânatos e Hades.
A bíblia também trata do assunto da morte, Jesus ao falar sobre morte, ele descreve com detalhes na história do Rico e o Lázaro, e por meio desta lição vamos aprende as “três realidades da morte”.
1ª Realidade da morte está relacionada ao tempo a morte é inesperada
Lucas 16.19-22 “Ora, havia certo homem rico que se vestia de púrpura e de linho finíssimo e que, todos os dias, se regalava esplendidamente. havia também certo mendigo, chamado Lázaro, coberto de chagas, que jazia à porta daquele; e desejava alimentar-se das migalhas que caíam da mesa do rico; e até os cães vinham lamber-lhe as úlceras. aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico e foi sepultado”.
A morte foi inesperada para Lázaro, um morador de rua, sem histórico familiar, sem amigos, doente, pedia esmola, comia o que tinha, morreu inesperadamente.
A morte também foi inesperada para o homem rico que vivia bem, comia bem, homem de recursos, teve muitas oportunidades na vida, morreu inesperadamente.
A palavra “Inesperado” significa “Aquilo que não é esperado, algo repentino”.
Fazendo um conexão com a morte é algo que ninguém pode prever. Quantos de nós tivemos amigos, parentes que perdemos inesperadamente.
A bíblia diz o seguinte sobre a fragilidade humana
Salmo 90.9 “Acabam-se os nossos anos como um breve pensamento”.
Salmo 103.15 “Quanto ao homem, os seus dias são como a relva; como a flor do campo, assim ele floresce; pois, soprando nela o vento, desaparece; e não conhecerá daí em diante, o seu lugar”.
Tiago 4.14 “vós não sabeis o que sucederá amanhã. que é a vossa vida? sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa”.
Quantos de nós podemos ter garantias que vamos viver após esse momento? Quantos de nós devido ao nosso dinheiro podemos garantir que viveremos o tempo que queremos, para esse ou aquele, não há garantias! A morte vem com vem um ladrão, em avisos, sem que ninguém possa esperá-lo.
2ª Realidade da morte está relacionada ao lugar a morte é um lugar consciente
Lucas 16.23-25 “no inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio. então, clamando, disse: pai Abraão, tem misericórdia de mim! e manda a Lázaro que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. disse, porém, Abraão: filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro igualmente, os males; agora, porém, aqui, ele está consolado; tu, em tormentos.”
Jesus traz algumas informações interessantes sobre esse lugar da morte
Sabemos que o rico depois que morreu foi levado para um lugar chamado Hades “mundo dos mortos”, também conhecido como inferno, pois esse lugar é descrito como “Lugar de tormentos”. Também sabemos que lazaro morreu e foi levado para um lugar chamado “seio de Abraão”, pelo registro bíblico que tanto o rico em tormentos no inferno e Lázaro junto com Abraão no paraíso, mantiveram vivas a consciência
A consciência após a morte será preservada!
Consciência significa “lucidez” ou “percepção do que se passa”. Em conexão com a morte significa que mesmo após a morte a pessoa terá lucidez, percepção do que se passa ao ser redor.
Quantos de nós já ouvimos a expressão “Está dormindo”. A prova que a consciência foi preservada está na descrição detalhada do diálogo entre o rico e Abraão;
Tanto o rico como Lázaro, dispunha de características que indicava com clareza uma real percepção, mesmo que depois da morte.
Ambos podiam ver (capacidade de enxergar)
Ambos podiam reconhecer (capacidade de identificar)
Ambos podiam conversar (habilidade de comunicar-se)
Ambos podiam sentir dor (perceber pelos sentidos)
Ambos podiam se recordar de eventos do passado; (trazer a memória)
Jesus deixa bem claro que depois da morte no “No inferno” ou no “Paraíso” em ambos os casos a consciência é preservada.         
Jesus deixa bem claro que a morte, não é o “cessar”, mas o um começo eterno consciente.
3ª Realidade da morte está relacionada ao estado a morte é um estado de eterna condenação
Lucas 16.26-31 “E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá, passar para cá. e disse ele: rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos, para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este lugar de tormento. disse-lhe Abraão: eles têm Moisés e os profetas; ouçam-nos. e disse ele: não, Abraão, meu pai; mas, se algum dos mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam. porém Abraão lhe disse: se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite.
Em relação à condenação de inferno Jesus é enfático em dizer que o aspecto do inferno é de prisão e aquele homem faz dois pedidos:
1º Pedido foi de alívio: “me refresque a língua”.
Abraão responde a seu pedido, desse modo: “Está posto um grande abismo entre nós e vós”. Há uma eterna separação entre eles, essa separação é tão profunda que fez um “rico” a clamar desesperadamente por misericórdia, e não uma vez, mas duas vezes.
2º Pedido foi de desencargo de consciência “Para que lhes dê testemunho
Este homem estava experimentando um momento tão amargo que ele fez outro pedido a Abraão:
Aquele homem estava nessa prisão eterna e não desejava que seus irmãos fossem para aquele lugar, o seu pedido parece louvável, mas não foi atendido!
Abraão respondeu com convicção “eles têm os pregadores” (Moisés e os profetas), como dizendo assim, como você a oportunidade de ouvir a mensagem, seus irmãos também terão.
Conclusão
A morte em relação ao tempo é inesperada
A morte em relação ao lugar é um lugar consciente
A morte em relação ao estado é um estado de condenação eterna
O que Deus pensa sobre tudo isso?
Ezequiel 18:32 “porque não tenho prazer na morte de ninguém, diz o senhor deus. portanto, convertei-vos e vivei.”
Qual é o desejo de Deus para o homem:
2 Pedro 3:9 “não retarda o senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento.”
Como Deus pode nos livrar desta morte eterna?
João 5.24 “Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida”.
João 10.10 “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”.

Livre, completamente Livre!

Leitura: Colossenses 3.13 “Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós”.
José ainda jovem friamente foi vendido como escravo a mercadores devido a um estupido ciúmes dos irmãos para com o pai, isso lhe trouxe sérias consequências.
Depois de quase trinta anos, José teve a oportunidade de rever esses irmãos, pois eles foram ao Egito comprar cereais, pois havia fome na terra. José tinha duas alternativas: Prende-los e faze-los escravos movidos pela vingança, ou perdoa-los e deixá-los livres da ofensa motivado pela compaixão, José optou pela segunda alternativa, ele perdoou seus irmãos de toda dor que eles lhe causaram.
Essa atitude de José deveria ser exemplo para todos nós, porém as pessoas guardam mágoas, rancores devido a conflitos, rixas, brigas do passado.
Ouvi uma história que ilustra para nós esse tipo de rancor:
“Uma senhora foi buscar aconselhamento com seu pastor, e quando eles começaram, ela esta disposta a divorciar-se do marido, e ela começou a tirar da bolsa, vários cadernos e nesses cadernos, estavam registrados todas as ofensas, rancores, discórdia entre eles ao longo de uma vida”.
Você consegue imaginar o casamento desta mulher? Você consegue reproduzir na sua mente como deveria ser o relacionamento dos dois. Você consegue compreender o tamanho da mágoa desta mulher? Ela tinha cadernos antigos e amarelados…
“Ela disse: Pastor antes do senhor tomar algum partido, antes de qualquer coisa, olhe para esses cadernos! O pastor, muito habilidoso nesta área de aconselhamento, disse Esses cadernos que você tem mostrado para mim na realidade, não mostra apenas as ofensas e rancores que ele te causou, esses cadernos tem sido um veneno que a senhora tem tomados todos os dias e tem morrido lentamente”.
O que é o Perdão? Senão o cancelamento de uma divida. Algumas vezes a bíblia usa a palavra perdão no sentido de “Cancelamento de um débito financeiro”. Assim perdoar é não levar mais em conta, não considerar.
Para entendermos o significado desta palavra dentro do conceito bíblico de perdão, precisamos entender que o pecador é um devedor espiritual.
Jesus usou esta linguagem figurativa de “Dívida” quando ensinou aos discípulos como orar:
Mateus 6:12 “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores”
Perdoar é queimar a promissória de dívida do devedor. O perdão, então, é um ato no qual o ofendido livra o ofensor do pecado, liberta-o da culpa pelo pecado.
É exatamente assim que Deus faz conosco: Ele liberta a pessoa da dívida, isto é, cessa de imputar a culpa desse pecado à pessoa perdoada.
Romanos 4.7-8 “Bem-aventurados aqueles cujas iniqüidades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos; bem-aventurado o homem a quem o Senhor jamais imputará pecado.”
O perdão divino é um processo completo, onde sua fonte é Deus.
Efésios 1.7 “No qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça”.
  • Perdão está baseado em Cristo, não nos méritos de quem quer seja!
  • Perdão deve estar disponível antes do pedido do ofensor;
  • Perdão é decisão com base em misericórdia;
  • Perdão concede liberdade ao ofensor para a reconciliação;
  • Perdão nasce no entendimento do que Cristo fez por nós. 

Perdoar ao próximo não é uma opção, quando não perdoamos os nossos ofensores, desenvolvemos: mágoa, ressentimento, ódio, ira, ciúmes e espírito crítico. Esses sentimentos negativos em alto grau começam a gerar doenças: depressão, úlceras, pânico, problemas nos ossos, câncer, e outras.
Deus nos deu a capacidade de perdoar a todos os que nos ofenderam, somente você que foi ofendido pode remover a culpa do seu ofensor, e tomar a injustiça sobre você mesmo, quer ele lhe peça perdão ou não.
Liberando perdão, você entrega nas mãos de Deus, Ficando livre totalmente: Da ofensa, da dor, do ofensor e principalmente de pensamentos vingativos.
Quando você não libera alguém da divida da ofensa você se torna vítima da mesma angústia que inflige o coração do devedor
Perdoar não é esquecer, Deus não exige de nós uma amnésia. Se fosse isso então Deus não perdoaria ninguém, ele sabe tudo, ele sabe o passado, Deus sabe o futuro, Deus não esquece, ele não deleta da sua mente, Deus não sofre uma amnésia.
Quando a Bíblia fala que Deus esquece as nossas iniquidades, tem outro sentido. Não é o sentido que ele apaga da mente, significa que ele não joga mais no rosto da pessoa verdadeiramente perdoada.
Perdoar significa, literalmente “Deixar a pessoa ir livremente”.
Ou seja, eu liberto você, eu não vou mais me torturar e torturar você. Eu não vou cobrar isso de você mais, não vou exigir satisfação por isso. Eu liberto você e você não precisa mais se preocupar com essa divida.

Pr. Mário Botão

Não é o Diabo o Ladrão eram os Fariseus!

Leitura: João 10.10 “O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir…”.
Quem é o ladrão senão esse “Espírito Farisaico da Religiosidade” que permeia nossos dias com suas práticas e conceitos ante Deus.
Desde os tempos mais remotos o homem sem Deus tem feito ídolos para alimentar os mais infames desejos e cultivar suas paixões carnais.
Lembremo-nos de Caim que foi maligno e assassino, na sua celebração foi egoísta, sua religiosidade o cegará para as coisas de Deus, foi absolutamente rejeitado pelo Senhor.
Onde há esse Espírito Farisaico da Religiosidade há morte e destruição!
Jesus em seu tempo, expos os fariseus, condenou suas práticas, censurou suas intenções, reprovando-os duramente.
Havia muita controversa entre Jesus e os Fariseus, se houvesse alguma virtude nessa prática, Jesus teria reconhecido, afinal de contas ele inúmeras vezes expressou conhecer a verdadeira intenção do coração do homem.
Até Paulo, que era fariseus, estudado, experimentado e conhecedor, abriu mão completamente dessa escola para seguir a Jesus. Se houvesse algum elemento proveitoso o apóstolo Paulo teria levado para o seu ministério, e para sua vida, mas pelo contrário em seu testemunho pessoal, ele considerou “Refugo”, isto é excremento de animais.
Lemos palavras fortes constantemente faladas por Jesus aos Fariseus, como: Hipócritas. Cegos, Víboras e muitos outros adjetivos que qualificam a pessoa e as obras dos fariseus como sendo negativo e prejudicial.
Nesse texto de João 10, temos a mais clara definição daquilo que esse “Espírito farisaico” fazia com o coração humano desde o tempo de Jesus.
João 10.10 “O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir”.
Como que Jesus chegou a essa conclusão? Quais foram os motivos para Jesus atribuir esse crime aos fariseus? Porque Jesus fez essa leitura dos Religiosos de sua época? Estamos vivenciando esse espírito em nosso dias?
Para entendemos o motivo e porque Jesus fez essa leitura dos fariseus, podemos começar com o registro da Cura de um cego de nascença;
João 9.10-11 “Perguntaram-lhe, pois: Como te foram abertos os olhos? Respondeu ele: O homem chamado Jesus fez lodo, untou-me os olhos e disse-me: Vai ao tanque de Siloé e lava-te. Então, fui, lavei-me e estou vendo”.
        
Curar um cego de nascença era um milagre fora da natureza comum dos milagres, ninguém, nunca curou um cego de nascença, foi à primeira vez, Jesus fez tal ato, para evidenciar ser ele o “Messias prometido”.
Existia uma tradição antiga que dizia que o pecado de um cego era uma maldição divina, assim sendo curar um cego, não apenas revela um milagre fora do comum, bem como reverter uma maldição divina, somente Deus pode fazer tal ato.
Esse homem que foi curado plenamente por Jesus e logo após foi salvo por ele, foi duramente humilhado e ridicularizado pelos fariseus.
João 9.13 “Levaram, pois, aos fariseus o que dantes fora cego”
Note as reações negativas e difamadoras dos fariseus diante de tal misericordioso e cheio de compaixão de Jesus, perceba a distância de propósito e pureza de coração.
João 9.16 “Por isso, alguns dos fariseus diziam: Esse homem não é de Deus, porque não guarda o sábado. Diziam outros: Como pode um homem pecador fazer tamanhos sinais? E houve dissensão entre eles”.
Havia uma distância muito grande entre Jesus e os fariseus, é impossível e um tanto improvável que alguém que verdadeiramente conheça a Jesus sustento um “Espírito farisaico de Religiosidade”         .
Aquele rapaz foi expulso da sinagoga depois de ser interrogado, questionado pelos “Fariseus”, até que Jesus foi ao encontro deste que foi expulso pela “Religião vigente da época”.
João 9.34-35 “Mas eles retrucaram: Tu és nascido todo em pecado e nos ensinas a nós? E o expulsaram. Ouvindo Jesus que o tinham expulsado, encontrando-o, lhe perguntou: Crês tu no Filho do Homem?”
Jesus acolhe, enquanto os fariseus expulsa, Jesus cura enquanto os fariseus ameaçam, Jesus salvo da condenação do inferno, enquanto os fariseus condenam.
Louvado seja Deus, aquele jovem rapaz que foi curado de um terrível mal, também encontrou a salvação de sua alma.
João 9.36-38 “Ele respondeu e disse: Quem é, Senhor, para que eu nele creia? E Jesus lhe disse: Já o tens visto, e é o que fala contigo. Então, afirmou ele: Creio, Senhor; e o adorou.”
Logo após esse maravilhoso milagre, houve uma discussão entre Jesus e os fariseus, pois Jesus, disse que os fariseus eram “Cegos” por não reconhecer que Ele era.
E a partir desse momento, Jesus introduz uma linguagem metafórica para descrever a diferença entre Jesus e os Fariseus.
João 10.1 “Em verdade, em verdade vos digo: o que não entra pela porta no aprisco das ovelhas, mas sobe por outra parte, esse é ladrão e salteador.”
E esse discurso de Jesus, vai pontuar claramente uma distância entre o propósito de sua vinda e o propósito pelo qual essa escola de religião estava produzindo.
Os fariseus foram incapazes de compreender essa primeira analogia, note:
João 10.6 “Jesus lhes propôs esta parábola, mas eles não compreenderam o sentido daquilo que lhes falava.”
Jesus insiste em sua parábola, e traz a mas contundente declaração que faz dos fariseus tão demonizado quanto o próprio diabo que é o opositor de Deus
João 10.7-8 “Jesus, pois, lhes afirmou de novo: Em verdade, em verdade vos digo: eu sou a porta das ovelhas. Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores; mas as ovelhas não lhes deram ouvido”.
Esse contexto do jovem que foi curado deu a Jesus a subsídios para ilustrar essa realidade explicitamente observada por aqueles que se opõem a Deus, devemos cuidar para nós não sermos essa “Pedra de Tropeço”.
Quando Jesus explica a diferença entre o propósito que norteia os fariseus em comparação com o seu propósito, podemos aprender uma grande lição.
João 10.10 “O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”.
Será que os fariseus entenderam essas afirmações de Jesus, qual foi a reação deles?
João 10.19 “Por causa dessas palavras, rompeu nova dissensão entre os judeus. Muitos deles diziam: Ele tem demônio e enlouqueceu; por que o ouvis?       “.
Esse registro nos ensina algumas preciosas lições sobre o perigo da religiosidade.
1º. O que é religião se não a tentativa do homem em buscar a Deus, mas nessa procura ele pode se encontrar longe de Deus.
2º. O Dr. Stanley Jones explica a razão de haver tantas religiões e um único evangelho “Religião é o homem buscando Deus, e o Evangelho é Deus buscando o homem”.
3º O Dr. Richard Dawkins tem razão que a Religiosidade cega às pessoas, porque apenas Jesus pode fazê-los enxergar.
4º Não devemos trocar a verdade de Jesus em mentira da Religião.
Pr. Mário Botão

Uma Sogra Aborrecida

Leitura: Gênesis 27.46 “Disse Rebeca a Isaque: Aborrecida estou da minha vida, por causa das filhas de Hete; se Jacó tomar esposa dentre as filhas de Hete, tais como estas, as filhas desta terra, de que me servirá a vida?”.
O problema com a esposa do filho não foi uma exclusividade de Rebeca, mas é uma realidade cruel de muitos lares.
Apesar das muitas piadas e gracejos com relação ás “sogras e noras”, a realidade se mostra não tão cómica como se parece, pelo contrário muitos lares há uma convivência conturbada entre sogras e noras.
É difícil pontuar que é que está com a razão, pois os conflitos são os mais diversos, às vezes é a sogra que assumi uma postura hostil com relação à nora de “Meu filho foi roubado de mim”, ou a nora “Eu não me casei com um filhinho da mamãe”.
É importante frisarmos que não são todos os casos familiares que há conflitos entre “Sogras e Noras”, pelo contrário tanto no histórico do registro humano, como nos registros bíblicos há exemplos de convívio pacífico e respeitoso entre essas mulheres.
O exemplo mais brilhante entre de um convício pacifico e harmonioso é Noemi e Rute, onde elas travam muitas dificuldades juntas, e o vínculo se aperfeiçoa na medida em que mutuamente uma cuida da outra de uma forma amorosa e devota.
É encorajador ver mulheres que se espelham em bons exemplos como esse de Noemi e Rute e com certeza há muitas Noemi e Rute espalhando por esse mundo.
Mas, esse registro de Gênesis 26 descreve o final de um ciclo de desgostos entre Rebeca e suas duas noras.
Gênesis 26.34-35 “Tendo Esaú quarenta anos de idade, tomou por esposa a Judite, filha de Beeri, heteu, e a Basemate, filha de Elom, heteu. Ambas se tornaram amargura de espírito para Isaque e para Rebeca”.
Poderíamos pensar que fosse uma implicância de Rebeca com as esposas de Esaú, uma particularidade de mãe, sendo preconceituosa com suas noras…
Mas, segundo o registro de Gênesis o próprio Isaque tinha essa dificuldade em lidar com essas mulheres, o texto diz que “Ambas se tornaram amargura de espírito para Isaque e Rebeca
Essa “Amargura de Espírito” possivelmente está associada à descendência dessas mulheres, pois ambas vieram de uma linha dos cananeus.
Esaú insistiu nessa postura de tomar mulheres entre os cananeus, algum tempo depois, ele continuou nessa busca por mulheres pagãs.
A leitura que o autor de Hebreus faz de Esaú é que ele era “Profano e Impuro”.
Hebreus 12.16 “Nem haja algum impuro ou profano, como foi Esaú”.
Podemos chegar à conclusão que não foi sem razão esse descontentamento dos pais com relação às decisões do filho.
Hoje em dia, existem muitos pais que travam lutas acirradas com seus filhos devido ao fato de que eles entram em relacionamentos mistos.
O desgosto está vinculado não à pessoa em si, mas ao histórico de vida e escrúpulos dessas pessoas, principalmente pelo fato de que Deus disse exaustivamente para o seu povo, para que eles não entrem em núpcias com pagãos.
Êxodo 34.11-16 “Guarda o que eu te ordeno hoje: eis que lançarei fora da sua presença os amorreus, os cananeus, os heteus, os ferezeus, os heveus e os jebuseus. Abstém-te de fazer aliança com os moradores da terra para onde vais, para que te não sejam por cilada. Mas derribareis os seus altares, quebrareis as suas colunas e cortareis os seus postes-ídolos (porque não adorarás outro deus; pois o nome do SENHOR é Zeloso; sim, Deus zeloso é ele); para que não faças aliança com os moradores da terra; não suceda que, em se prostituindo eles com os deuses e lhes sacrificando, alguém te convide, e comas dos seus sacrifícios e tomes mulheres das suas filhas para os teus filhos, e suas filhas, prostituindo-se com seus deuses, façam que também os teus filhos se prostituam com seus deuses”.
Todos os filhos de Israel que entram em “jugo desigual” tomaram para si maldição e muito sofrimento.
Foi o caso de Salomão, que suas inúmeras e profanas núpcias o desviaram do caminho do Senhor.
1 Reis 11:3-4 “Tinha setecentas mulheres, princesas e trezentas concubinas; e suas mulheres lhe perverteram o coração.  Sendo já velho, suas mulheres lhe perverteram o coração para seguir outros deuses; e o seu coração não era de todo fiel para com o SENHOR, seu Deus, como fora o de Davi, seu pai.”        
Rebeca estava tão desgostosa com a vida que desesperadamente pede a seu esposo Isaque que seja conselheiro para seu outro filho Jacó no que diz respeito à escolha de uma esposa.
Gênesis 27.47 e 28.1 “Disse Rebeca a Isaque: Aborrecida estou da minha vida, por causa das filhas de Hete; se Jacó tomar esposa dentre as filhas de Hete, tais como estas, as filhas desta terra, de que me servirá a vida? Isaque chamou a Jacó e, dando-lhe a sua bênção, lhe ordenou, dizendo: Não tomarás esposa dentre as filhas de Canaã”.
No Novo testamento, também há uma advertência, aos cristãos no que diz respeito a relacionamento misto, e essa advertência surge na tentativa de guardar o povo de Deus de uma união proibida.
2 Coríntios 6:14  Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas?
O desfecho dessa história de Rebeca e suas noras são silenciados pelo registro bíblico, o que sabemos é que Esaú constituiu uma grande descendência e foi habitar em terras distantes, longe de seu irmão Jacó.
Mas, o conflito e amargura ficam salientados nessa relação entre Sogra e Noras.
Será que é possível haver plena concordância entre os pais e as decisões dos filhos?
Existe uma um mandamento e promessa bíblica para os filhos que honrem seus pais
Êxodo 20.12 “Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá”.
Esse é o primeiro mandamento com promessa “Prolonguem os teus dias na terra”.
O que está envolvido com honrar pai e mãe? Honrar significa valorizar ou considerar altamente, ter em grande estima. As Escrituras revelam-nos que a obediência do filho deverá originar-se da alta estima que ele tenha por seus pais. Também é verdade que nem sempre os pais agem de tal modo a serem exemplos para seus filhos, mas os filhos deverão estimar seus pais.
Podemos aprender algumas lições desse conflito entre Rebecas e suas noras
1º. As decisões dos filhos afetam consideravelmente a vida dos pais
2º. Os pais devem insistir em influenciar seus filhos para o Senhor
3º. Vale a pena dar ouvidos aos ensinamentos bíblicos dos pais, porque há promessas de ter uma vida prolongada na terra.
4º. Não vale a pena desobedecer a Deus e o pai, em nome de um suposto amor, que não traz honra nem a Deus e nem aos pais.
Pr. Mário Botão

Você também é confiável?


Leitura: Gênesis 24.1-3 “Era Abraão já idoso, bem avançado em anos; e o SENHOR em tudo o havia abençoado. Disse Abraão ao seu mais antigo servo da casa, que governava tudo o que possuía: Põe a mão por baixo da minha coxa, para que eu te faça jurar pelo SENHOR, Deus do céu e da terra, que não tomarás esposa para meu filho das filhas dos cananeus, entre os quais habito”.
Confiança é uma virtude um tanto rara em nossos dias, principalmente porque vivemos cercados de pessoas traiçoeiras e desonestas. Muitos lares são marcados por traições, falsidade e deslealdade entre os membros de uma família.
Talvez um dos maiores problemas quando depositamos a confiança em alguém é a decepção, temos expectativas demais sobre os outros e muitos se machucam durante esse processo.
Será que somos confiáveis? Será que sou digno de que pessoas confiem em mim?
Salomão descreve que a “Desconfiança” é como mastigar com um dente estragado ou andar com um pé aleijado.
Provérbios 25.19 “Como dente quebrado e pé sem firmeza, assim é a confiança no desleal, no tempo da angústia.”
Esse registro de Gênesis 24 revela-nos um personagem digno de confiança, existem alguns pressupostos que torna esse personagem tão nobre quanto digno, pois a concretização da promessa feita a Abraão depende da obediência rigorosa desse servo.
Vamos destacar dois traços de uma pessoa digna de confiança
1º Traço de uma pessoa digna de confiança é o seu “histórico
Gn 24.2 “Disse Abraão ao seu mais antigo servo da casa…”.
A primeira menção do servo de Abraão está em Gênesis 15.2
Gênesis 15:2 “Respondeu Abrão: SENHOR Deus, que me haverás de dar, se continuo sem filhos e o herdeiro da minha casa é o damasceno Eliezer?”.
Considerando a credibilidade que esse servo tinha com Abraão, ao ponto de ter essa alta consideração para assumir uma posição de “Filho da promessa”, evidencia uma confiança adquirida ao longo do tempo.
O histórico de uma pessoa é muito relevante para se conquistar confiança e credibilidade, não da noite para o dia, que se consegue essa virtude.
É uma construção lenta e árdua, eles vivenciaram muitas experiências juntos, o relacionamento dos dois, transcendia a relação entre servo e senhor.
A confiança nos outros requer um histórico de eventos e circunstâncias para que a competência da pessoa seja claramente definida e apreciada
Abrão o tinha sem sombras de dúvidas como uma pessoa em alta consideração. Ao ponto dele confiar a Eliezer a missão de encontrar a progenitora dessa grande descendência.
Será que seríamos considerados por aqueles que convivemos há certo tempo, nesse nível de confiança?
O estabelecimento de confiança precisa de tempo para decidir sobre a confiabilidade.
Edson Rufo é auto da frase Somente o tempo diz, que confiança é vidro”, fazendo uma analogia onde a “Confiança é frágil como vidro”, ou seja, para conquistar a confiança é necessário muito trabalho e empenho, mas ao menor deslize ela é destruída e, assim como o vidro, dá até pra colar, mas nunca mais será a mesma.
Apesar de que essa ideia transmita certa verdade, precisamos entender que confiança está atrelado ao tempo.

2º Traço de uma pessoa digna de confiança é a “Intimidade com Deus
Gn 24.12 “E disse consigo: Ó SENHOR, Deus de meu senhor Abraão, rogo-te que me acudas hoje e uses de bondade para com o meu senhor Abraão!”.
É muito interessante notar que Eliezer ele traz para si a responsabilidade de atender rigorosamente a orientação do seu senhor Abraão.
Ele reconhecia que por mais que se empenhasse e fosse dedicado não capaz de fazê-lo sozinho, por essa razão, ele transfere a capacidade para Deus.
Eliezer por três ocasiões demonstrou intimidade com Deus, foram três episódios que comprovou essa dependência em Deus, tanto na maneira como no resultado que ele esperava em Deus.
No primeiro episódio, logo após receber toda instrução de Abraão, ele busca o Senhor em oração e lhe pede ajuda para encontrar a esposa para Isaque.
Gn 24.12 “E disse consigo: Ó SENHOR, Deus de meu senhor Abraão, rogo-te que me acudas”.
No segundo episódio, logo após encontrar a mulher com as características descritas por Abraão, ele engrandece ao Senhor, lhe atribuindo inteiramente o sucesso da missão.
Gn 24.27 “E disse: Bendito seja o SENHOR, Deus de meu senhor Abraão, que não retirou a sua benignidade e a sua verdade de meu senhor; quanto a mim, estando no caminho, o SENHOR me guiou à casa dos parentes de meu senhor”.
No terceiro episódio, logo após, ter a confirmação por parte de Raquel e a aprovação da família, ele demonstra uma simplicidade digna que alguém que reconhece Deus operando através dele.
Gn 24.52 “Tendo ouvido o servo de Abraão tais palavras, prostrou-se em terra diante do SENHOR”.

Todos nós, cedo ou tarde enfrentamos situações onde alguém de confiança nos feriu, e também é certo que em algum momento vamos decepcionar pessoas.
Porém, as pessoas que detém o traço de “Intimidade com o Senhor”, possuem algo que as qualificam como pessoas “Dignas de confiança”, porque são pessoas sensíveis, prontas e obedientes a Deus.
No final dessa jornada, Eliezer traz a mulher que foi aceita pelo seu senhor, esta lhe tornou esposa, ela o consolou, ele a amou e os descendentes que o Senhor prometerá vieram no tempo determinado.
Esse registro nos traz algumas lições sobre confiança
1º – Podemos ser pessoas dignas de confiança, mesmo que vivamos num mundo marcado por traições.
2º – A confiança está atrelada ao tempo, precisamos do tempo para conquistar confiança e evidenciarmos que também somos confiáveis..
3º – A intimidade com o Senhor é maior garantia que temos para construir um relacionamento marcado pela confiança.